A estação mais fria do ano chegou e, com ela, a maior ocorrência de algumas doenças características da estação. O tempo seco e as baixas temperaturas são os principais fatores que contribuem com o aumento do índice de doenças respiratórias, tais como a asma, a sinusite, a bronquite e a rinite. Soma-se a isso, o atual contexto pandêmico ocasionado pelo coronavírus. Presente em todos os estados do Brasil, a Covid-19 já contagiou mais de 700 mil brasileiros. Além disso, por ser uma doença nova, muitas dúvidas existem em relação à sua propagação. O clima frio é um agravante para o contágio do coronavírus? Que cuidados devem ser tomados durante a temporada de inverno para evitar o contágio dessa e das demais doenças de inverno? Para esclarecer sobre esse assunto, conversamos com um especialista da área, Dr. Igor Benedetto, Pneumologista do Hospital Moinhos de Vento.

Doenças infecciosas virais são as mais comuns da estação

Doenças virais como o resfriado comum e a influenza são aquelas que têm maior incidência durante o inverno. Assim, de acordo com o médico pneumologista, espera-se igualmente uma maior incidência para o novo vírus em circulação (coronavírus). Apesar das doenças virais serem as mais frequentes, infecções bacterianas também são comuns durante esse período, como pneumonia e exacerbação de doenças crônicas como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma. Dentro do grupo de risco, também enquadram-se pacientes com imunidade baixa devido à tratamentos como quimioterapia, uso de medicamentos imunossupressores para doenças reumatológicas ou pessoas que realizaram transplante de órgão.

Identificando os sintomas de cada uma das doenças

Alergia, resfriado e gripe são coisas completamente diferentes e o Dr. Igor Benedette esclarece cada uma delas. Confira: – Alergia é uma resposta inflamatória à algum antígeno (substância estranha ao organismo) que faz com que o sistema imunológico desenvolva uma defesa inflamatória, incluindo a produção de anticorpos. A alergia não é uma doença infecciosa e, tampouco, contagiosa. Seus sintomas podem ser semelhantes ao resfriado (coriza e tosse), mas sem a presença de febre. – Resfriado é uma infecção de via aérea superior (acometendo garganta e nariz, por exemplo), causada por diferentes vírus respiratórios geralmente leves e autolimitados (resolução dos sintomas em 1 a 2 semanas) e são caracterizados por febre baixa, tosse, congestão nasal, coriza, dor no corpo e dor de garganta. – Assim como o resfriado, a gripe é uma infecção que acomete a via aérea superior, causada pelo vírus influenza, porém os sintomas da gripe são mais intensos quando comparados ao resfriado: febre alta, calafrios ou tremores, dor muscular, tosse, dor de garganta e prostração.

O coronavírus

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos. Entretanto, alguns dos 20% dos casos que apresentam um quadro de dificuldade respiratória, podem também necessitar de suporte para o tratamento da insuficiência respiratória (suporte ventilatório). Entre os sintomas, os mais comuns são: febre, tosse, cansaço, dor de garganta, dor de cabeça, além da perda de paladar e do olfato e da redução do apetite. Os sintomas mais graves dessa doença são falta de ar, dificuldade para respirar e dor no peito. Para o pneumologista, a presença dos sintomas graves indica necessidade de avaliação médica em nível hospitalar.

Prevenção da Covid-19 e de outras doenças da estação

Pesquisas estão sendo feitas para desenvolver a vacina contra o coronavírus, assim como o melhor tratamento para os pacientes com sintomas graves. Dado o contexto, é fundamental aumentar o rigor nas medidas de isolamento social. Para os casos em que há necessidade de sair de casa, a principal forma de proteção é manter o distanciamento social, o uso de máscara e a higiene constante de mãos com água e sabão ou uso de álcool gel. Já a prevenção da influenza acontece todos os anos, antes da chegada do inverno, por meio de campanhas de vacinas. Assim como muitas outras doenças podem ser prevenidas através da correta imunização, seguindo o calendário de vacinas do Ministério da Saúde. Para o pneumologista, também é necessário ressaltar a importância de buscar o atendimento médico em caso de agravamento dos sintomas, como falta de ar ou dificuldade de falar. “O fluxo de atendimento deve ser rápido para identificar os pacientes que precisam de atendimento hospitalar. Para aqueles com formas não graves de doença viral, deve ser fornecido a orientação de repouso e de observação dos sintomas, mantendo isolamento domiciliar, principalmente em relação à infecção por Covid-19”, declara o Dr. Igor Benedetto. As alergias, geralmente, são tratadas com medicamentos antialérgicos de uso via oral ou de uso tópico nasal em forma de spray, por exemplo. Já para resfriados, as medidas são uso de medicações para alívio dos sintomas (analgésicos e antitérmicos). E para a influenza, o oseltamivir (ou Tamiflu®), quando usado de maneira precoce, ajuda a reduzir a duração dos sintomas e, também, o risco de complicações desta infecção. PS: esse post não substitui uma consulta médica e as orientações do texto não devem ser sobrepostas à orientação do seu médico.  
Fonte: Dr. Igor Benedetto, pneumologista do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento.

Agradeçemos pela sua inscrição!

Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1