As doenças cardiovasculares e o frio

Os dias frios sempre despertam preocupação em relação a doenças respiratórias, como gripes, resfriados e rinites alérgicas. Mas poucas pessoas sabem que as baixas temperaturas representam também risco de complicações cardiovasculares. Quando a temperatura alcança médias diárias abaixo de 14°C, os casos de morte por infarto do miocárdio (ataque cardíaco) aumentam em até 30%. A cada 10 graus Celsius de diminuição na temperatura mínima, o risco de ataque cardíaco aumenta em 7%. O clima frio desencadeia também outras doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), angina (um tipo de dor no peito), isquemia no coração (falta de circulação nas artérias coronárias) e arritmias cardíacas, que têm a poluição atmosférica como outro dos agentes responsáveis. O que ocorre é que, com a queda da temperatura, há uma diminuição da circulação sanguínea ao músculo cardíaco, ocasionando angina cardíaca, que é causada pelo estreitamento das artérias que conduzem sangue ao coração, ou até mesmo um infarto agudo do miocárdio associado ou não à morte súbita. Isso acontece porque as reações do organismo às baixas temperaturas (hipotermia, com a temperatura corporal abaixo de 36º) sobrecarregam o sistema cardiovascular, que, assim, trabalhará mais para manter o equilíbrio térmico. Essas reações incluem constrição (espasmos) dos vasos sanguíneos, respiração superficial pela boca, aumento da frequência cardíaca e consequente aumento do consumo de oxigênio pelo coração. Outro fator que demanda atenção em relação às doenças cardiovasculares e o frio é a ocorrência mais frequente das doenças respiratórias, mais suscetíveis no inverno, que aumentam o risco de pessoas com problemas cardíacos apresentarem uma descompensação da sua condição. A presença de infecção pode instabilizar uma placa de gordura ou mesmo piorar uma falta de ar de uma pessoa com insuficiência cardíaca estável.

Prevalência maior na Região Sul

No Brasil, a região sul é o local onde as temperaturas, mesmo antes do inverno, podem alcançar médias abaixo de 14°C. Dessa forma, idosos, pessoas com predisposição a problemas cardíacos e hipertensos e devem redobrar a atenção à saúde nessa época do ano. Os riscos aumentam para as pessoas que já apresentam alguma predisposição aos distúrbios cardíacos ou que já apresentam problemas do coração. Para os idosos, os perigos são ainda maiores. O frio pode agravar os sintomas da angina de peito, aumentar a pressão arterial e o risco de terem um acidente vascular, cardíaco, neurológico ou das extremidades. Outros fatores também contribuem para o desenvolvimento de problemas cardiovasculares nos períodos de frio, como obesidade, colesterol elevado, hipertensão arterial e diabetes. Pessoas com doença aterosclerótica, caracterizada pelo acúmulo de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias, também devem ficar alertas. O frio excessivo pode levar à ruptura de uma placa aterosclerótica, causando trombose intravascular e a obstrução da artéria.

Medidas de prevenção

A orientação é que durante os meses de frio, além de se manter bem agasalhados sejam realizados exames de rotina para acompanhar os níveis de colesterol no sangue e a pressão sanguínea. A prática regular de atividades físicas é uma recomendação constante. Além disso, manter uma dieta saudável, evitar fumar e ingerir quantidades excessivas de álcool, uma vez que essas combinações elevam o risco de pressão alta, ataque cardíaco e derrame. Nossos hábitos alimentares mudam durante o inverno, o que pode motivar alterações no perfil metabólico. Os níveis de colesterol aumentam com o consumo de alimentos mais gordurosos e é frequente um ganho de peso neste período. Em excesso, esse consumo favorece a formação de placas de gordura que com o tempo podem obstruir e comprometer o fluxo sanguíneo nas artérias do coração e do cérebro, causando ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC). Vacinar-se contra a gripe no outono reduz a taxa de infarto no inverno, especialmente nos idosos. Isso porque, com uma infecção, nosso organismo fica em estado maior de inflamação, que por sua vez agrava a inflamação das placas de aterosclerose, que torna maior a chance de rupturas e infarto do miocárdio (ataque cardíaco). A vacinação contra Influenza tem contribuído na redução da mortalidade em por doenças cardiovasculares e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso porque o vírus agrava os problemas relacionados a doenças crônicas cardiovasculares, pulmonares, metabólicas (particularmente diabetes), podendo provocar infarto agudo do miocárdio e AVC, além de causar manifestações neurológicas como convulsão e encefalite.   O Hospital Moinhos de Vento conta com uma emergência Cardiológica preparada para atender, 24h por dia, todos os dias da semana, na rua Ramiro Barcelos, 910, no térreo.
Fonte: Dra. Carisi Anne Polanczyk – Chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento.

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