A artrite reumatoide (AR) é uma doença sistêmica, inflamatória e crônica, que acomete várias articulações (geralmente três ou mais), principalmente nas mãos, punhos e pés, de forma simétrica, causando dor e levando à deformidade articular quando não tratada precocemente.   A AR é considerada uma doença autoimune, (ou seja, o sistema imunológico ataca as células saudáveis do próprio organismo), mas sua causa ainda não foi esclarecida. A faixa etária mais comum de início da doença é entre 30 e 50 anos, mas a incidência tende a aumentar com a idade mais avançada. As mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens.  
Entre os sintomas da doença estão rigidez matinal prolongada das articulações (em geral por mais de duas horas), fadiga, cansaço, anorexia e perda de peso.
  “Para realizar o diagnóstico vários exames devem ser feitos, principalmente para diferenciar a doença de outras doenças autoimunes que também evoluem com artrite, como a Artropatia Psoeriática, o lúpus eritematoso sistêmico e a Síndrome de Sjögren”, explica Karina Capobianco, chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Moinhos de Vento.   Tratamento precoce   O diagnóstico e o tratamento precoces são os fatores fundamentais do sucesso terapêutico para na AR, podendo não só melhorar rapidamente a qualidade de vida dos pacientes mas recuperar totalmente a incapacidade funcional, ajudando no controle da dor, da inflamação e na contenção da doença. “O tratamento desse tipo de problema deve ser multidisciplinar e individualizado, envolvendo não só o reumatologista, mas também um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional, um psicólogo ou psiquiatra, um nutricionista, um educador físico e em casos de tratamento cirúrgico, o traumatologista”, salienta a médica.   Diversos medicamentos podem ser utilizados para tratar a doença, como analgésicos comuns (paracetamol, AAS, dipirona) e anti-inflamatórios não hormonais (de acordo com as necessidades de cada paciente, respeitando as contra-indicações de cada fármaco para outras comorbidades, como Hipertensão arterial sistêmica, nefropatia, intolerância gástrica e alergias), entre outras. Também devem ser utilizadas Medicações Modificadoras do Curso da Doença (MMCD), que podem ser sintéticas e de uso oral ou as mais atuais com melhores resultados terapêuticos, medicações imunobiológicas, que poderão controlar a atividade e evolução da AR, garantindo a recuperação do paciente para suas atividades usuais domésticas, profissionais e recreacionais. “A escolha destas medicações é muito individualizada, pois algumas drogas podem beneficiar muito um paciente e ao mesmo tempo podem não produzir qualquer efeito a outro”, frisa a profissional. Outro tratamento que deve ser utilizado sempre em conjunto com os medicamentos é a terapia física, que ajuda a minimizar a dor e a reforçar a musculatura melhorando a amplitude dos movimentos articulares.   A modificação de hábitos de vida como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, obesidade e sedentarismo são extremamente importantes para a boa resposta ao tratamento. “Dentre estes fatores de risco de pior evolução da doença, o tabagismo deve ser o primeiro a ser controlado, pois está cientificamente comprovado que pacientes tabagistas tendem a ter uma doença mais agressiva e mais resistente ao tratamento”, explica a profissional.  
Fonte: Karina Capobianco (CRM: 16097), chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Moinhos de Vento.
   

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