Entre os sintomas da doença estão rigidez matinal prolongada das articulações (em geral por mais de duas horas), fadiga, cansaço, anorexia e perda de peso.“Para realizar o diagnóstico vários exames devem ser feitos, principalmente para diferenciar a doença de outras doenças autoimunes que também evoluem com artrite, como a Artropatia Psoeriática, o lúpus eritematoso sistêmico e a Síndrome de Sjögren”, explica Karina Capobianco, chefe do Serviço de Reumatologia do Hospital Moinhos de Vento. Tratamento precoce O diagnóstico e o tratamento precoces são os fatores fundamentais do sucesso terapêutico para na AR, podendo não só melhorar rapidamente a qualidade de vida dos pacientes mas recuperar totalmente a incapacidade funcional, ajudando no controle da dor, da inflamação e na contenção da doença. “O tratamento desse tipo de problema deve ser multidisciplinar e individualizado, envolvendo não só o reumatologista, mas também um fisioterapeuta, um terapeuta ocupacional, um psicólogo ou psiquiatra, um nutricionista, um educador físico e em casos de tratamento cirúrgico, o traumatologista”, salienta a médica. Diversos medicamentos podem ser utilizados para tratar a doença, como analgésicos comuns (paracetamol, AAS, dipirona) e anti-inflamatórios não hormonais (de acordo com as necessidades de cada paciente, respeitando as contra-indicações de cada fármaco para outras comorbidades, como Hipertensão arterial sistêmica, nefropatia, intolerância gástrica e alergias), entre outras. Também devem ser utilizadas Medicações Modificadoras do Curso da Doença (MMCD), que podem ser sintéticas e de uso oral ou as mais atuais com melhores resultados terapêuticos, medicações imunobiológicas, que poderão controlar a atividade e evolução da AR, garantindo a recuperação do paciente para suas atividades usuais domésticas, profissionais e recreacionais. “A escolha destas medicações é muito individualizada, pois algumas drogas podem beneficiar muito um paciente e ao mesmo tempo podem não produzir qualquer efeito a outro”, frisa a profissional. Outro tratamento que deve ser utilizado sempre em conjunto com os medicamentos é a terapia física, que ajuda a minimizar a dor e a reforçar a musculatura melhorando a amplitude dos movimentos articulares. A modificação de hábitos de vida como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, obesidade e sedentarismo são extremamente importantes para a boa resposta ao tratamento. “Dentre estes fatores de risco de pior evolução da doença, o tabagismo deve ser o primeiro a ser controlado, pois está cientificamente comprovado que pacientes tabagistas tendem a ter uma doença mais agressiva e mais resistente ao tratamento”, explica a profissional.