No Brasil, o congelamento de óvulos para a postergação da maternidade vem crescendo, uma vez que também tem aumentado a idade das mães na primeira gestação. Assim, congelar os óvulos é uma excelente alternativa para quem tem planos futuros de engravidar e sabe que as chances disso acontecer naturalmente só diminuem com a idade.
De acordo com a Dra. Isabel de Almeida, coordenadora técnica do Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida do Hospital Moinhos de Vento, a procura por esta possibilidade aumentou entre 40% e 50% nos últimos dois anos. Segundo ela, o momento ideal para este congelamento é até os 35 anos. “Entretanto, muitas mulheres congelam seus óvulos com mais idade, por falta de informações ou decisões tardias”, salienta. Conforme a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a qualidade dos óvulos e a chance de gestação começam a diminuir após os 35 anos de idade.
Preparação da futura mamãe
“Portanto, a paciente que tem interesse em engravidar daqui a alguns anos precisa consultar com especialistas em Reprodução Assistida, avaliar sua reserva ovariana e definir qual é a melhor opção para o seu caso, o quanto antes”, recomenda a médica. “Enquanto isso, é importante manter um estilo de vida com atividade física, alimentação saudável, peso adequado, sem cigarro ou álcool em excesso, que são medidas que ajudam a proteger a fertilidade”, observa a médica.
Mas o que é congelamento de óvulos?
O congelamento de óvulos é uma técnica na qual a mulher tem seus ovários estimulados com medicações hormonais, cujo objetivo é fazer com que o ovário libere mais óvulos. Esses óvulos são aspirados do ovário utilizando ecografia transvaginal e congelados para uso no futuro.
Desde 2012, a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva anunciou que o congelamento de óvulos não é mais uma técnica experimental. Até aquele ano, esta opção era mais usada por mulheres com câncer, que poderiam ficar inférteis após tratamentos com quimioterapia ou radioterapia. “A partir de 2012, o congelamento de óvulos se estendeu, justamente, à mulheres que não tinham problemas de saúde, mas queriam adiar a sua gestação. Assim, elas teriam a oportunidade de ter filhos usando seus próprios óvulos em um momento da vida onde, naturalmente, a idade comprometeria a qualidade e a quantidade dos mesmos”, ressalta a Dra. Isabel de Almeida.
É importante lembrar que o congelamento de gametas (óvulos e espermatozoides) para pacientes jovens com câncer, antes do início dos tratamentos com quimioterapia e radioterapia, já é realizado há muitos anos, com boas taxas de sucesso, possibilitando que eles tenham a oportunidade de ter filhos biológicos no futuro, após a cura. De acordo com a especialista do Hospital Moinhos de Vento, mais recentemente, tem-se considerado oferecer essas técnicas também a homens e mulheres jovens que apresentem “condições benignas” que também podem levar à infertilidade no futuro.
Quais são as condições benignas que podem levar à infertilidade?
Conforme a coordenadora técnica do Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento, dentre essas condições benignas, destacam-se a endometriose; o risco de falência ovariana prematura; as doenças hematológicas (como anemia falciforme); a Síndrome de Klinefelter; a Síndrome de Turner e a população transgênero, uma vez que as medicações hormonais e os tratamentos cirúrgicos podem interferir no potencial reprodutivo.
“Muitas vezes, as pessoas que se enquadram em alguma dessas situações nem sabem que podem ter a fertilidade prejudicada. Por isso, a importância de falar sobre essas questões e de discutir com o médico que acompanha o seu caso. Conhecimento e tecnologia são sempre bons parceiros em prol da saúde”, garante.
Quer saber mais sobre o tema? Marque sua consulta junto ao Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida do Moinhos de Vento, que, inclusive, recentemente ganhou o “Selo Gold”, da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida. Informações sobre os serviços oferecidos podem ser adquiridas pelos telefones: (51) 3314-3434, (51) 3537-8476 ou (51) 99896-3090.
Fonte: Dra. Isabel de Almeida (CRM 16091), coordenadora do Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida do Hospital Moinhos de Vento.
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