O AVC provoca a morte dos neurônios e deixa sequelas diferentes dependendo da região afetada. Existem dois tipos do problema, o AVC isquêmico e o hemorrágico.No AVC isquêmico, quando ocorre a obstrução de um vaso, em poucos minutos uma parte do cérebro morre e uma grande área ao redor fica em sofrimento pela falta de circulação. “Se o vaso que está obstruído for rapidamente aberto, é possível salvar toda ou quase toda a área em volta do centro do AVC, diminuindo ou até evitando as sequelas. Mas, se o vaso não for aberto e o paciente não for tratado, progressivamente a área ao redor vai morrendo também e chega um momento que não há mais como ser salva. Por isso, o paciente deve ser tratado o mais rápido possível”, alerta Sheila Martins, médica do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento. Os principais sintomas da disfunção acontecem subitamente, e incluem perda de força ou dormência, geralmente em uma metade do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, dificuldade de enxergar com um ou com os dois olhos, tontura associada à falta de equilíbrio, falta de coordenação e dor de cabeça súbita, muito intensa, diferente do padrão habitual. “Nesses casos chame imediatamente o SAMU 192 que está preparado para reconhecer o AVC e levar para os centros especializados no tratamento da doença”, ressalta a especialista. Os 10 fatores de risco que são responsáveis por 90% das causas de AVC são: – Hipertensão arterial (pressão alta) – Diabete (açúcar elevado no sangue) – Colesterol elevado – Fumo – Arritmias cardíacas (fibrilação atrial) – Obesidade – Sedentarismo – Alimentação inadequada – Abuso de álcool – Baixa escolaridade e baixa renda (pela falta de conhecimento sobre a doença e pior controle dos fatores de risco) Entre as sequelas que a doença pode deixar estão a dificuldade ou impossibilidade para caminhar, paralisia total de um lado do corpo, dificuldade para falar, dificuldade para entender o que é falado, demência (alteração grave de memória), alteração de comportamento e confusão mental. “Reconhecendo e tratando os fatores de risco podemos evitar 90% dos casos de AVC. É importante manter uma alimentação saudável com frutas, verduras e grãos e pouca gordura e carboidrato, fazer exercício físico regularmente, limitar o uso de bebidas alcoólicas, não fumar e consultar o médico regularmente para revisão dos fatores de risco”, recomenda Martins.