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February 11, 2016 |Institucional
Em meio à atual proliferação pelo Brasil do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos temidos vírus [da] dengue, zika e chikungunya, combater os criadouros do inseto é tão fundamental e necessário quanto se proteger dele.
Para diminuir os riscos à saúde da população é preciso estar atento a todo e qualquer recipiente que acumule água limpa – uma simples tampa de garrafa já é suficiente para o vetor depositar seus ovos. Outra atitude importante é o uso de repelentes, inseticidas e outros métodos de proteção dentro e fora de casa, que muitas vezes geram dúvidas quanto ao uso e durabilidade.
Portanto, algumas dúvidas para que você se proteja com segurança.
1. Quais são os repelentes efetivos contra o Aedes aegypti?
Os repelentes que contém os componentes DEET, Icaridina e IR 3535 são eficazes contra diferentes tipos de mosquitos, inclusive o Aedes. Estes produtos são aprovados pela Anvisa.
2. Quais as diferenças entre os tipos de repelente?
Os repelentes variam de acordo com o principio ativo, substância utilizada em sua fabricação. A Organização Mundial da Saúde aprovou três princípios ativos:
– Icaridina: os repelentes com esse componente são os mais procurados. O período de proteção varia entre 8 e 10 horas e pode ser usado em crianças a partir de dois anos.
– DEET: é o mais fácil de encontrar, a maioria dos repelentes no mercado são compostos por DEET. Pode ser usado em crianças com mais de dois anos e sua duração varia de 2 a 6 horas.
– IR 3535: a Anvisa permite que seja usado em crianças com mais de 6 meses, mediante orientação do pediatra. Protege por cerca de 2 a 4 horas.
3. Qual a melhor forma de usar inseticidas e repelentes de ambiente?
As regras para aplicação de cada produto estão presentes no rótulo ou na própria embalagem. Contudo, alguns cuidados gerais devem ser observados: pessoas ou animais domésticos não devem permanecer no local durante a aplicação de inseticidas; após o tempo de ação do produto, o ambiente deve ser ventilado antes da entrada de pessoas ou animais.
4. É seguro usar os repelentes regularmente? Quantas vezes por dia é permitido? Há um limite de uso?
Na bula de cada repelente está indicada a forma correta de utilização, que pode variar no intervalo entre cada aplicação e na idade mínima para o uso. O DEET, por exemplo, não deve ser aplicado mais de 3 x ao dia, por risco de toxicidade. Os horários com maior risco de picadas são o final do dia e início da manhã, logo, dê preferência para aplicar o produto nestes momentos. O produto deve ser espalhado de forma uniforme nas áreas expostas do corpo, exceto na região dos olhos, nariz e boca.
Por isso, depois do uso é imprescindível lavar as mãos. Na superfície da pele coberta por roupas não devemos aplicá-lo. A área de ação do repelente limita-se a 4cm do local aplicado, portanto, a aplicação nas bochechas pode proteger o nariz. Outro detalhe importante, é que o repelente deve ser utilizado por último, caso haja aplicação de outros produtos como filtros solares e hidratantes.
5. É seguro dormir com repelente?
Não é indicado dormir com o repelente, pois a pele fica exposta por um período muito longo, o que pode favorecer a absorção em excesso. Antes de dormir não se esqueça de lavar a pele e retirar todo o produto.
6. Métodos naturais e/ou caseiros de proteção são seguros?
O uso de repelentes e inseticidas em spray pode estar relacionado com o aumento de alergias na pele, asma e rinite. Desta forma, medidas alternativas como o uso de velas, plantas e óleos essenciais como o de citronela, copaíba e andiroba foram buscadas, como uma forma de repelente natural. No entanto, a Anvisa informa que não há comprovação científica em relação à eficácia de tais produtos. Uma dica é o uso de ventiladores e ar condicionado para evitar a permanência dos mosquitos no ambiente.
7. É verdade que o mosquito pica por cima da roupa também, e por isso o repelente deve ser aplicado sobre a peça?
Alguns repelentes em spray podem ser utilizados também sobre o tecido, auxiliando na proteção. Uma outra dica é dar preferência ao uso de roupas claras e mais folgadas. O uso de perfumes também atraem o inseto, portanto, evite usar o produto em áreas com alta incidência do mosquito.
8. Gestantes e recém-nascidos podem usar repelentes?
Recém-nascidos e bebês de até 6 meses não devem utilizar repelentes, pois a pele é muito sensível, tendo maior risco de intoxicações e reações alérgicas. O indicado é protegê-los com roupas que cubram as pernas e braços, utilizar mosquiteiros no berço e carrinho e telas nas janelas. Não há contraindicações para o uso de repelentes por gestantes.
Validação: Dra. Fabiane Kumagai Lorenzini, (CRM 31551), dermatologista do Hospital Moinhos de Vento.