Primeiramente é importante esclarecer que a função da memória envolve outros aspectos neuropsicológicos como a atenção, o aprendizado, a motivação e as funções perceptivas que nos permitem reconhecer e diferenciar estímulosMas é possível avaliar e melhorar a memória? Para a médica as premissas básicas para uma boa memória associam-se a boa saúde física em geral e a hábitos saudáveis. “Alimentação adequada, sono em dia, exercícios físicos regulares, adequada socialização, tratamento de fatores de risco para doenças vasculares (como sedentarismo, obesidade, hipertensão arterial e diabetes) e o adequado gerenciamento de estresse, constituem os principais fatores para termos boa memória e para evitarmos o declínio cognitivo”, esclarece a especialista. Já para realizar uma avaliação o paciente pode fazê-la com um profissional ou em casa. Com o médico, a memória é examinada através de uma conversa inicial, observando como são relatados os fatos do dia-a-dia do paciente, notícias, história pessoal, entre outras informações. “Testes simples no qual solicitamos que o paciente decore algumas palavras ou objetos que lhe serão perguntados depois, a observação de sinais clínicos associados à perda de memória, ou ainda o fato do paciente estar repetitivo, são sinais que podem mostrar a presença de alterações da memória. Testes neuropsicológicos podem ser aplicados quando uma avaliação mais ampla e objetiva se faz necessária”, exemplifica a médica. Em casa, é possível testar a memória com facilidade através de testes on-line. Entretanto, é importante ressaltar que, para um resultado adequado, o indivíduo deve apresentar uma cognição normal em outras funções.