Todos os anos, centenas de vidas são salvas graças ao transplante de medula óssea (TMO). Considerado o terceiro tipo de procedimento mais realizado nestes casos no Brasil, o tratamento substitui o tecido doente por células saudáveis do próprio paciente ou de um doador. E, com isso, são tratadas graves enfermidades, como a leucemia e linfomas. A coordenadora do Unidade de Terapia Hematológica do Hospital Moinhos de Vento, Dra. Cláudia Astigarraga explica como é realizado o transplante e sua importância no tratamento do paciente.
Para realizar o transplante de medula óssea (TMO) são necessárias estruturas físicas adequadas e equipes multidisciplinares treinadas e especializadas, capazes não apenas de lidar com o procedimento, mas com os diferentes tipos de TMOs. O projeto Mais TMO, realizada pelo Hospital Moinhos de Vento por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, busca qualificar os processos de transplante de medula no sistema público. O trabalho envolve estudos de avaliação econômica para compreender os custos operacionais do tratamento, produção de materiais de apoio para tomada de decisão e capacitação das equipes vinculadas ao transplante. Somadas aos estudos econômicos, as iniciativas auxiliarão na qualificação a médio e longo prazo do programa de TMO. Também ajudarão na definição de políticas e investimentos para ampliar o acesso desse transplante à população. Notícias positivas que permitirão maior qualidade e menor espera para os pacientes. Em parceria com o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o Hospital Moinhos realizou mais de 100 transplantes de medula óssea, sendo o terceiro mais realizado no país. São disponíveis tipos aparentado, autólogo, o pediátrico e o não-aparentado, sendo este último sido realizado pela primeira vez em 2019. No Hospital Moinhos de Vento os pacientes são acompanhados por um amplo período, desde a avaliação ambulatorial até cem dias após o TMO. Além disso, são promovidos quatro cursos de capacitação para dezenas de profissionais da região Sul. As experiências em aula e os procedimentos resultam em manuais para o manejo dos transplantados, bem como protocolos de atenção e avaliação disponibilizados ao Ministério da Saúde. Em 2017, a parceria possibilitou o acolhimento de pacientes candidatos e transplantados de medula óssea, vindos do interior e de fora do estado. Atualmente, a casa oferece acolhimento para o paciente e um acompanhante hospedarem-se durante o tratamento de saúde realizado no hospital. Para mais informações, acesse.
Fonte: Dra. Cláudia Astigarraga (CRM 21303), coordenadora do Unidade de Terapia Hematológica do Hospital Moinhos de Vento.