A enxaqueca não controlada pode causar um impacto pessoal, social e laboral muito grande, principalmente nas mulheres, mais afetadas pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, de 5% a 25% das mulheres e 2% a 10% dos homens sofrem de enxaqueca. De acordo com Fernando Kowacs, médico do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, antes da puberdade meninos e meninas apresentam praticamente os mesmos índices da disfunção. A partir da adolescência, a proporção é de duas a três mulheres afetadas para cada homem.   O ciclo menstrual é um grande desencadeador de crises e o pico de prevalência nas mulheres é entre os 30 e 40 anos. “Logo antes e durante a menstruação é quando as crises acontecem com mais frequência e em maior intensidade. Quando existe a estabilização hormonal na gravidez, 80% das mulheres enxaquecosas tem uma melhora significativa, então, tudo indica que a causa dessa diferença entre homens e mulheres seja a flutuação hormonal, principalmente dos níveis de estrógeno”, explica Kowacs. Com a chegada da menopausa a tendência é que a diferença diminua, mas as mulheres continuam a sofrer mais com o problema.  
O ciclo menstrual é um grande desencadeador de crises e o pico de prevalência nas mulheres é entre os 30 e 40 anos.
  A enxaqueca é uma doença crônica herdada, uma vez que a grande maioria dos pacientes têm histórico familiar da disfunção. As principais características da doença são crises de dor de cabeça unilateral, latejante, moderada ou severa e que pode ser agravada por atividade física. Também são frequentes náusea e vômitos. “A principal característica da enxaqueca é que ela não é só uma dor de cabeça. Ela é identificada por crises, em que a dor de cabeça é o sintoma principal e quase sempre o mais incapacitante, mas não é o único”, salienta o médico. De acordo com o neurologista, hoje está bem demonstrado que algumas alterações, como a percepção exagerada da luz e dos sons  e o desejo de comer determinados alimentos, como doces, antecedem a dor, ou seja, não são causadores da crise, mas sim, parte do conjunto de sintomas dela.   A Organização Mundial da Saúde considera que durante uma crise severa de enxaqueca a pessoa fique tão incapacitada quanto um indivíduo com paralisia nos quatro membros. Ainda não existe cura para doença, mas existe o controle. “Além do tratamento correto das crises, com o tratamento preventivo se consegue que a disfunção tenha menos impacto sobre as pessoas, oferecendo para os pacientes mais controle sobre sua própria vida, com menos crises e crises menos incapacitantes”, frisa Kowacs.    
Fernando Kowacs (CRM: 16816), médico do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento.  (LINK: https://www.hospitalmoinhos.org.br/servico-medico/neurologia-e-neurocirurgia-2/)
Foto: V_Sot/iStock

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