Não encontramos nenhum resultado que corresponda com essa busca.
/ /
August 19, 2016 |Institucional
Em agosto se celebra o Dia Nacional do Combate ao Fumo (29/08), data escolhida pelo Ministério da Saúde para se refletir sobre o tema e estimular o desenvolvimento de ações voltadas ao controle do tabagismo no país.
O tabagismo consiste no consumo de produtos derivados do tabaco, sendo fumar cigarro a forma mais prevalente de consumo. É considerado uma epidemia mundial segundo a Organização Mundial da Saúde, sendo responsável por 5 milhões de mortes anuais. Então, a divulgação do tema é de suma importância, considerando que a dependência de nicotina é, entre os transtornos psiquiátricos, o mais prevalente, o mais letal e o mais tratável.
Não existem níveis seguros para o consumo de tabaco. Parar de fumar é a maneira mais efetiva que há em reduzir doenças relacionadas ao uso do tabaco e assim reduzir custos com saúde e evitar mortes prematuras.
Mas como parar?
Pode-se tentar parar de fumar por conta própria, mas as chances de cessação aumentam significativamente com ajuda especializada. O tabagismo é uma doença complexa que requer a abordagem de diversos componentes que contribuem para a dependência da nicotina. É recomendado o tratamento combinado que inclui abordagem farmacológica e psicoterápica. A combinação de aconselhamento profissional e medicação é mais efetiva para a cessação do tabagismo do que medicação e aconselhamento isoladamente.
O tratamento combinado deverá incluir as seguintes intervenções sobre os seguintes aspectos:
– Dependência química de nicotina que será tratada com fármacos específicos
– Dependência psicológica
– Hábito de fumar/Comportamento aprendido
Para os dois últimos aspectos é indicado tratamento não medicamentoso com Entrevista Motivacional e Terapia Cognitivo-Comportamental. A primeira visa promover a motivação para a mudança de comportamento através do reconhecimento do problema e do comprometimento com a solução do mesmo. Já a Terapia Cognitivo-Comportamental tem como premissa básica que nossas emoções e comportamentos (como o fumar) têm conexão direta com pensamentos e crenças disfuncionais, sendo um tratamento que propõe modificações na forma do pensar.
É importante lembrar também que no tratamento de tabagismo cada paciente é único e carrega consigo uma história de vida que inclui o relacionamento íntimo com o cigarro, do qual deverá abrir mão. Mas com ajuda especializada poderá fazê-lo com menos sofrimento e com mais chance de sucesso.
Validação: Dra. Aletéia Crestani, médica psiquiatra do Hospital Moinhos de Vento.