O interesse por medicamentos e métodos imediatos de emagrecimento é recorrente. No ano passado, a Anvisa liberou dois novos medicamentos. O mais promissor é a Liraglutida, composto que reproduz o hormônio GLP-1, o mesmo produzido no intestino durante a ingestão do alimento e que funciona no sistema digestivo e no cérebro, induzindo a sensação de satisfação após as refeições. O outro é a Lorcaserina, que tem efeito antidepressivo, ativando a ação da serotonina e minimizando a sensação de fome, além de aumentar a saciedade. Esses medicamentos são indicados apenas para os indivíduos obesos ou com sobrepeso associado a alguma complicação, como diabetes, hipertensão, colesterol elevado, entre outras. “O paciente tem dificuldade de entender que o tratamento requer um plano a longo prazo, envolve mudança do estilo de vida em que os resultados são lentos. Muita vezes, estão em busca de um medicamento ‘milagroso’. Sempre que surge uma novidade, um medicamento novo, os pacientes ficam ansiosos pelos resultados e querem logo experimentar”, explica o Dr. Guilherme Rollin, endocrinologista e coordenador do Ambulatório de Diabetes do Hospital Moinhos de Vento.
O abuso dessas substâncias é frequente, o que pode causar problemas piores no futuro.
“Atualmente, existem poucas alternativas de tratamento medicamentoso, dando margem a muitas especulações e uso inadequado de algumas medicações. Os medicamentos recomendados para tratamento da obesidade ou sobrepeso passaram por uma série de estudos clínicos com objetivo de avaliar a eficácia e segurança. No caso da liraglutida, os principais efeitos adversos são no trato gastrointestinal, como náuseas, vômitos, distensão abdominal e diarreia”. O tratamento através de medicação deve vir com uma avaliação médica criteriosa, pois uma rotina saudável é essencial e ainda a melhor alternativa para quem busca diminuir seu peso. O endocrinologista é enfático quanto a isso: “a indicação de tratamento medicamentoso é do médico, obedecendo a critérios bem definidos. A medicação não substitui a mudança do estilo de vida, e sim auxilia. Nesse sentido, a atividade física regular e uma alimentação saudável são imprescindíveis”.
Fonte: Dr. Guilherme Rollin (CRM 21531), endocrinologista e coordenador do Ambulatório de Diabetes do Hospital Moinhos de Vento.
 

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