Avanços na farmacologia e na tecnologia proporcionam melhor qualidade de vida aos pacientes

  A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o cérebro e a medula espinhal. Nessa disfunção, os anticorpos interpretam as células saudáveis do sistema nervoso central como algo que deve ser atacado, como uma bactéria ou um vírus, o que resulta nas lesões.   Os sintomas da doença variam conforme região afetada. “Quando existe lesão do nervo óptico, pode-se ter um problema visual. Uma disfunção em uma área posterior do cérebro, pode resultar em alteração de equilíbrio e tontura. Às vezes, os sintomas são combinados: a pessoa pode apresentar distúrbios na visão e perda de força em uma perna, pois mais de uma área foi atingida”, explica a neurologista Maria Cecília Aragón de Vecino, médica neurologista e coordenadora do Núcleo de esclerose múltipla e doenças desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento.  
“A maioria dos pacientes evolui de uma maneira chamada de surto-remissão ou remitente-recorrente, na qual ocorrem surtos que é nome dado ao surgimento de novos sintomas”, esclarece.
  Em grande parte dos casos a recuperação é completa, porém, existem algumas pessoas que não melhoram totalmente, e que a cada surto vão somando déficits. Ainda há um terceiro grupo, que é a minoria, que evoluiu de forma progressiva.   Por isso, o diagnóstico correto e precoce é importante, uma vez que quanto mais rápido se buscar o tratamento, mais provável é a recuperação e melhor é a evolução a médio e longo prazo.   A doença é mais prevalente entre os 20 e os 40 anos, mas há pacientes pediátricos e bem mais velhos. Os sintomas mais comuns são disfunções na visão, vertigem, perda de força, alteração de sensibilidade e de equilíbrio.   É preciso analisar a situação clínica e neurológica do paciente e realizar exames laboratoriais e de imagem (entre os quais a ressonância magnética é fundamental), para chegar ao diagnóstico. “O que a gente faz na ressonância é super novo, super atual, cada vez com técnicas melhores e mais apuradas”, ressalta a profissional. Com as novas técnicas conseguimos responder com maior precisão sobre a evolução da doença e a resposta ao tratamento.   Neste último ano, com a entrada de novos medicamentos, evoluímos ainda mais no atendimento e no tratamento dos pacientes com esclerose múltipla. Estamos podendo contar com drogas com modos de ação cada vez mais precisos e, portanto, resolutivos. Conseguimos tratar pacientes com evolução progressiva que era onde não tínhamos medicamentos adequados.  
Aprendemos mais sobre a doença na população pediátrica e teremos melhores condições para controlar a doença também nesse grupo de pacientes.
  A doença ainda não tem cura, mas o tratamento está melhorando e impactando de modo extremamente positivo a qualidade de vida dos pacientes. “Nossos esforços são para que as pessoas tenham uma vida normal, apenas tomando medicamentos para controlar a doença.   Com o diagnóstico precoce e o tratamento regular, as pessoas conseguem uma qualidade de vida que melhorou enormemente nos últimos 15 anos, graças aos avanços na farmacologia e na tecnologia”, frisa. Só temos a comemorar e a trabalhar com um maior nível de conhecimento e precisão a cada dia.  
Fonte: Dra. Maria Cecília Aragón de Vecino (CRM: 017114) neurologista e coordenadora do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento.
 

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Prêmios e Certificações

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