Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes. A doença muitas vezes é diagnosticado tardiamente, o que traz diversas complicações para todo o organismo, inclusive para a visão. Caroline Fabris, oftalmologista do Hospital Moinhos de Vento, explica que a disfunção afeta toda a rede vascular, especialmente os vasos sanguíneos oculares.   “Dentre as principais complicações oftalmológicas, o diabetes pode causar retinopatia diabética, catarata e glaucoma. Basicamente, a hiperglicemia crônica (excesso de glicose no sangue) causa uma série de alterações anatômicas e disfunções, como edema macular (presença de líquido na mácula, área mais nobre da retina) e micro-hemorragias na retina, causando piora da visão”, esclarece a profissional. Com o tempo e a hiperglicemia, também ocorrem sangramentos dentro do olho, atrapalhando a passagem da luz. Todos esses problemas podem levar à perda parcial ou total da visão.   Os estágios iniciais do diabetes raramente causam sintomas, por isso, é importante realizar check ups anuais com o clínico geral e com o oftalmologista, para detectar doenças precocemente. “Nas fases moderadas a avançadas os pacientes percebem piora da visão de diversas maneiras, como o embaçamento visual que não melhora com óculos. É possível perda súbita total da visão ou até mesmo a cegueira irreversível. Qualquer desconforto visual é um sinal para procurar um médico”, recomenda a oftalmologista.   Para Guilherme Rollin, endocrinologista do Hospital Moinhos de Vento, o principal risco do diagnóstico tardio é o atraso no tratamento do diabetes. “Sabemos que a melhor maneira de prevenir as complicações crônicas é o tratamento rigoroso desde o início. Isso significa que devemos manter a glicose o mais próximo do normal desde a descoberta da doença”, salienta.  
“Nas fases moderadas a avançadas os pacientes percebem piora da visão de diversas maneiras, como o embaçamento visual que não melhora com óculos. É possível perda súbita total da visão ou até mesmo a cegueira irreversível. Qualquer desconforto visual é um sinal para procurar um médico”
  Ainda não existe cura plena do diabetes e suas complicações, então, o melhor tratamento é a prevenção. “Não existe cura, mas é possível controlar as complicações, evitando sua progressão. O ideal é prevenir o diabetes, adotando hábitos saudáveis, como exercícios regulares e dieta adequada, evitando a obesidade, nos casos do diabetes tipo 2”, ressalta Rollin. O diabetes tipo 1, que geralmente ocorre na infância e adolescência, está associado a um distúrbio auto-imune e não pode ser prevenido pela mudança de estilo de vida. Porém, após o diagnóstico, o controle rigoroso da glicemia permite a prevenção das complicações crônicas da doença e a manutenção da qualidade de vida.  
Caroline Fabris (CRM: 25713), médica do Hospital Moinhos de Vento. (LINK:)
Guilherme Rollin (CRM: 21531), médico do Hospital Moinhos de Vento. (LINK:)

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Prêmios e Certificações

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Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1