O uso do cigarro (ou qualquer outro produto do tabaco), embora, possa ser relacionado a um maior risco de morte prematura, não é percebido adequadamente pelo fumante como uma causa de incapacidade física que antecede por muitos anos a morte. Em média, um fumante perde 14 anos de qualidade de vida em comparação com um não-fumante. Uma das substâncias mais fortes presente no tabaco, a nicotina, é adicionada propositalmente. Ela é responsável pela dependência química e atitude compulsiva do fumante que mesmo experimentando danos à saúde segue usando o cigarro. Por isso, a dificuldade dos fumantes de parar por si próprios.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro contém cerca de 4 mil substâncias tóxicas, das quais pelo menos 50 são cancerígenas.

Em média, um fumante perde 14 anos de qualidade de vida em comparação com um não-fumante.

 

Seja responsável por suas escolhas

Parar de fumar, ainda mais depois de tantos anos, pode ser uma tarefa difícil. Informe-se ao máximo dos benefícios e prejuízos de continuar fumando para ajudar em sua tomada de decisão. Consulte um profissional de saúde para auxiliá-lo neste processo. Busque o apoio de familiares, amigos e colegas.  

Confira algumas dicas que podem auxiliar neste processo:

– Crie prazos. Defina uma data para parar de fumar. Se não conseguir cumprir esta meta, reduza a quantidade de cigarros gradativamente. – Pense sobre suas razões para parar e tentativas anteriores: o que funcionou e o que não funcionou? – É normal sentir ansiedade, irritação, dor de cabeça, falta de concentração e muita vontade de fumar. Estes sintomas desaparecem em até duas semanas. – Faça um diário (escreva hora, onde, com quem, o que sentia para cada cigarro do dia) para descobrir desencadeantes da vontade de fumar. – Elabore um plano antes da data de parar com alternativas saudáveis para cada cigarro do dia, com base no diário acima. – Aumento da fome e do peso são comuns. Pratique atividades físicas e consuma líquidos. Busque outras atividades como distração. – Evite o café e o álcool, pois podem ser um convite ao fumo. – Retire os maços de cigarro dos locais onde você está habituado a guardá-los. – Recompense seu esforço guardando o dinheiro que gastaria com cigarros. – Tenha cuidado com métodos milagrosos para parar de fumar. Se tiver dificuldades peça orientação médica. – O uso de medicações podem ser necessárias. Verifique com o seu médico a possibilidade de usar adesivos ou chicletes de nicotina, ou então as medicações Bupropiona e Vareniclina. – Mesmo que você não tenha tido sucesso nas tentativas anteriores, não desista de tentar.  

Contudo, parar de fumar é possível. Conheça as doenças e condições causadas pelo tabagismo:

– Adição física (dependência química), psíquica e social. – Vários tipos de câncer:  pulmão, cavidade oral, faringe, laringe, esôfago, pâncreas, bexiga, rim, estômago, cólon e reto, colo de útero, leucemia mielóide aguda, próstata. – Doenças respiratórias: bronquite, enfisema, otite e pneumonia. – Doenças cardiovasculares: infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (também chamado de derrame), aneurisma de aorta e aterosclerose. – Além de doenças como: diabete melito, úlcera péptica, impotência sexual, diminuição da fertilidade, perda dental e gengivite, envelhecimento precoce da pele (rugas). – Aumento da mortalidade perinatal, recém-nascido de baixo-peso, abortamentos. – Importante: o fumo passivo também está associado à doenças fatais em não-fumantes como o câncer de pulmão, o infarto do miocárdio e a síndrome da morte súbita do recém-nascido.

Fonte: Dr. Alexander Welaussen Daudt (CRM 10624) cancerologista no Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento