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June 30, 2016 |Institucional
O diabetes é uma doença silenciosa com a qual a pessoa pode conviver por anos sem saber que a possui. As manifestações clínicas ocorrem, normalmente, quando começam a aparecer complicações derivadas do alto índice glicêmico no organismo. A patologia consiste na ineficiência do organismo em produzir insulina suficiente para o controle da glicose no sangue.
A insulina é um hormônio produzido pelas células betas, oriundas do pâncreas. Quando o nível de glicose esta elevado, o hormônio é liberado para adequar a quantidade de glicose que poderá ser utilizada como fonte de energia para o organismo ou será armazenada como reserva, em forma de gordura. Existem distintas formas de manifestações da doença, sendo os mais recorrentes a diabete Tipo 1 e Tipo 2.
Pré-diabetes
Este termo é utilizado quando os níveis de glicose estão acima do recomendado, mas não o suficiente para um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Quando detectado neste estágio, o processo pode ser controlado para que não evolua e pode até ser revertido, se a pessoa seguir rigorosamente as orientações médicas.
Diabetes Tipo 1
Geralmente se manifesta na infância ou adolescência e concentra cerca de 5 a 7% dos indivíduos com diabetes. O sistema imunológico ataca erroneamente as células betas, que produzem a insulina, fazendo com que o hormônio não seja produzido. Nessa situação, a glicose acaba ficando na corrente sanguínea, não sendo utilizada para gerar energia. Para realizar o controle do nível de glicose, são indicadas injeções de insulina, a prática de exercícios físicos e alimentação saudável.
Diabetes Tipo 2
Mais comum em adultos, representa cerca de 90% dos casos de diabetes. A enfermidade surge quando a insulina não funciona adequadamente, caracterizando um quadro de resistência a ação da insulina. Adicionalmente, o pâncreas não consegue produzir insulina suficiente para vencer esta resistência, caracterizando uma deficiência relativa na produção de insulina. Como consequência, os níveis de glicose no sangue aumentam. Quando diagnosticado precocemente, o diabetes pode ser controlado com atividade física, reeducação alimentar e medicação adequada.
Prevenção é o melhor remédio
O controle da glicemia se faz, justamente, para prevenir e evitar as complicações decorrentes da doença. A propensão em desenvolver o diabetes se origina de um conjunto de fatores de risco, sendo o principal o histórico familiar. Se a pessoa possui familiares de primeiro grau, como pais, irmãos ou avós com a doença, a probabilidade de desenvolver a doença está significativamente aumentada. Nesses casos, a investigação e controle da taxa de glicemia são extremamente importantes.
Outros fatores de risco são a obesidade e o sedentarismo. Desta forma, realizar exames de rotina, ter como hábito a prática de exercícios e o cuidado com alimentação, aliados ao acompanhamento médico constante são essenciais para o diagnóstico, controle e prevenção das complicações da doença.
Sintomas
Os sintomas básicos do diabetes são cansaço e fadiga, que podem ser atribuídos a diversos outros fatores, principalmente em indivíduos com sobrepeso. Muitas vezes, pessoas descobrem que possuem diabetes apenas quando ocorre uma complicação. Nesses casos, a doença já se encontra em grau avançado, ou seja, a pessoa já possui a patologia há no mínimo cinco anos. Essas complicações consideradas crônicas são classificadas em:
– Microvasculares: Retinopatia diabética (1ª causa hoje de cegueira); Nefropatia diabética (1ª causa da necessidade de diálise); Neuropatia diabética (1ª causa não traumática de amputação).
– Microvasculares: doença vascular periférica (comprometendo a circulação das pernas); doença coronariana (infarto, angina); derrame (acidente vascular cerebral).
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes
Validação: Dr. Guilherme Rollin (CRM 21531), coordenador do Ambulatório de Diabetes do Hospital Moinhos de Vento.