A automedicação, muitas vezes vista como uma solução imediata para alguns sintomas, também pode trazer consequências mais graves do que se imagina, como reações alérgicas e dependência. Para Sérgio Brodt, chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento, a automedicação é um problema de saúde pública. “Todos os dias vemos propagandas de remédios na mídia, os quais são amplamente ingeridos pela população, porém, todos eles têm efeitos benéficos e adversos, podendo gerar alergias, que podem ser leves como coceira e vermelhidão, moderadas como inchaço e erupções na pele ou tão graves como o choque anafilático, sonolência, diminuição de reflexos, arritmias e, se consumidos em doses tóxicas, até o risco de morte”, alerta o médico. Além disso, o medicamento que serve para o vizinho ou familiar pode fazer um mal terrível para você   O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar, inclusive, no agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser redobrada. “O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microrganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos, tornando-se necessário o consumo de medicamentos cada vez mais fortes e tóxicos para tratar infecções relativamente simples”, salienta Brodt. O uso incorreto de certos remédios como anti-inflamatórios e antibióticos, principalmente em doses elevadas, pode gerar disfunções como hemorragia digestiva e sangramentos diversos, insuficiência renal e hepatite medicamentosa.  
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar, inclusive, no agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas.
  Outra preocupação em relação ao uso dos remédios refere-se à combinação inadequada. Nestes casos, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito de outro. “Existem inúmeras interações medicamentosas entre as drogas. São tantas que mesmo os médicos treinados têm que recorrer à literatura especializada com frequência para checar se pode ou não usar esse ou aquele remédio em conjunto”, ressalta o profissional.   O uso de remédios de maneira incorreta pode trazer, ainda, consequências como dependência e até a morte. “A dependência é muito frequente, principalmente dos ‘remédios para dormir’, dos sedativos ou dos remédios controlados para a dor, frequentemente derivados da morfina. O uso abusivo desses medicamentos sedativos pode induzir ao coma e à depressão da capacidade respiratória, podendo levar à morte”, alerta o médico.  
Fonte: Sérgio Brodt (CRM 020152), chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Moinhos de Vento. Link: https://www.hospitalmoinhos.org.br/servico-medico/medicina-interna/
 

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