A radioterapia estereotáxica fracionada é uma técnica que permite ao médico radioterapeuta tratar as áreas doentes com uma precisão milimétrica. Devido a essa exatidão é possível preservar mais os tecidos sadios adjacentes. Utilizam-se equipamentos especiais de localização, planejamento e execução do tratamento. Por meio de um colimador com lâminas mais finas que o convencional (Micromulti Leaf colimator), acoplado ao acelerador linear, obtém-se maior conformação a volumes pequenos, permitindo tratamento mais adequado de tumores intracranianos como os meningeomas, adenomas da hipófise e gliomas de baixo grau, além de outras doenças do crânio e região cervical em diversas frações.

É uma técnica em que a radioterapia é administrada durante a cirurgia. Este tipo de terapia possibilita a realização de uma dose maior na área do tumor ou leito tumoral. Pode ser realizada como dose única ou complementar ao tratamento radioterápico externo. Possibilita também a reirradiação das áreas previamente tratadas. No caso do tratamento radioterápico da mama, é possível a redução do tempo total do tratamento externo de seis semanas para uma única aplicação, realizada durante a cirurgia de retirada do tumor.

A braquiterapia, também chamada de radioterapia interna, consiste em posicionar o material radioativo dentro ou em contato ao tumor, permitindo assim que Radioterapeuta administre uma grande dose de radiação diretamente às células cancerosas. Os implantes podem ser permanentes ou temporários. Nos implantes permanentes, são utilizadas pequenas fontes seladas de material radioativo, também conhecidas como “sementes” e usadas em casos do câncer de próstata. Com o tempo, a atividade dessas fontes diminui, cessando o efeito terapêutico quando termina a dose adequada ao tipo de tumor tratado. Os implantes temporários são realizados por meio de aplicadores colocados nos tecidos ou em cavidades do corpo. Utilizando um sistema computadorizado de acesso e controle remoto, uma fonte de Iridium-192 é introduzida no aplicador implantado nos tecidos ou cavidade onde está o tumor a ser tratado.

A Radioterapia Conformacional Tridimensional fundamenta-se no uso de imagens tomográficas do paciente para criar representações tridimensionais detalhadas do tumor e dos órgãos circundantes. O médico Radioterapeuta pode então definir com precisão a área a ser irradiada e analisar adequadamente os órgãos vizinhos. Trata-se de uma evolução da radioterapia convencional no qual o planejamento antes era realizado de uma forma bidimensional (através de RX simples das áreas de tratamento). A partir do planejamento computadorizado 3D, os tecidos normais recebem menos radiação e podem recuperar-se mais rapidamente.

A terapia de radiação corporal estereotáxica (SBRT) é uma técnica que utiliza radiação direcionada com precisão para um tumor, minimizando a radiação para o tecido normal adjacente. Esta segmentação permite o tratamento de tumores de tamanho pequeno ou moderado em um número reduzido de aplicações quando comparado à radioterapia convencional ou tridimensional. É uma técnica precisa e quando utilizada em doses altas poderá ser designada como ablativa (SABR).

Trata-se de uma técnica avançada de radioterapia com intensidade modulada. Permite a entrega da dose mais rapidamente, proporcionando um tratamento mais adequado e confortável. Com a diminuição do tempo necessário para receber a dose total prescrita é possível aumentar o ganho terapêutico.

A radioterapia guiada por imagem localiza de forma mais precisa o tumor ou o órgão acometido, com grande precisão. A imagem em tempo real do alvo do tratamento e dos órgãos normais durante cada tratamento permite a minimização de tais margens adicionais e a redução dos volumes irradiados, pois diminui a chance de perder um alvo. A tecnologia conhecida como IGRT emprega vários métodos de imagem em tempo real e ajuste de tratamento. Dessa forma é possível incrementar a precisão do tratamento antes e durante a aplicação de radioterapia.

A Radioterapia de Intensidade Modulada ou IMRT (Intensity Modulated Radiotherapy) é uma forma de tratamento radioterápico que dispõe de computadores e técnicas especiais, no qual cada feixe é divido em múltiplos segmentos a fim de moldar a dose no formato do órgão ou volume a ser tratado. Isso é possível a partir da movimentação precisa dos colimadores de múltiplas folhas (MLC – Multi Leaf Colimator), localizado no cabeçote do aparelho de radioterapia durante o tempo de irradiação. O colimador é controlado por um programa de computador que utiliza os dados enviados do sistema de planejamento. Pode-se usar a Tomografia Axial Computadorizada com a Ressonância Magnética Nuclear e/ou a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) para mostrar o tamanho, forma e localização do tumor. O IMRT caracteriza-se como uma das mais modernas modalidades de tratamento radioterápico e permite a redução da radiação nos tecidos sadios, assim como o aumento da dose terapêutica no tumor ou órgão a ser tratado otimizando o tratamento realizado.

Médico radio-oncologista

É um médico oncologista especializado no uso da radiação para tratar o câncer e outras enfermidades. Os médicos radioterapeutas realizam, após a graduação em medicina, uma especialização (residência médica) em um programa de três a quatro anos, dependendo da instituição de formação. Tem ampla capacitação em oncologia e no uso seguro da radiação para tratar enfermidades. Após a conclusão da especialização podem submeter-se ao exame do Colégio Brasileiro de Radiologia e da Sociedade Brasileira de Radioterapia para obter a certificação dessas sociedades. O médico radio-oncologista é responsável pela indicação, prescrição e orientação de todos os procedimentos de radioterapia a que são submetidos os pacientes.

Física Médica

A Física Médica realiza o planejamento do tratamento de cada paciente, de acordo com a dose prescrita e os volumes de tumor e órgãos adjacentes, definidos pelo médico radioterapeuta. Supervisiona o trabalho dos técnicos de radioterapia e realiza o controle de qualidade e dosimétrico dos aparelhos, garantindo a segurança e o correto funcionamento dos mesmos. A equipe de física médica compõe o Serviço de Radioproteção da Radioterapia, responsável pela segurança dos profissionais e do público, no que se refere à Exposição de Radiação Ionizante. A formação acadêmica destes profissionais é composta de graduação em Física e pós-graduação ou aprimoramento em Física Médica de Radioterapia. Após a conclusão da especialização, o físico médico deve se submeter ao exame da Associação Brasileira de Física Médica para obter a certificação de Especialista em Física de Radioterapia e ao exame de Supervisor de Proteção Radiológica da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear).

Enfermeira em Onco-radioterapia

A enfermeira com certificação em cuidados oncológicos trabalha com toda a equipe de tratamento radioterápico. Faz o acolhimento do paciente e seus familiares na unidade de radioterapia. Explica os possíveis efeitos secundários e ajuda no manejo clínico dos pacientes. Auxilia o médico radioterapeuta durante o tratamento do paciente por meio de avaliações e monitoramento clínico.

Técnico de Radiologia em Radioterapia

O técnico de radiologia tem em sua atividade o atendimento diário de cada paciente, aplicando o tratamento que foi previamente planejado pelo Médico Radioterapeuta e pela Física Médica. É responsável pelo posicionamento, verificação radiográfica e aplicação dos campos de radiação. O técnico de radioterapia no Hospital Moinhos de Vento conta com tecnologia computacional para garantir o correto tratamento da doença, além de constantes capacitações no atendimento ao paciente.

Recepção

Os profissionais da recepção e administrativo da Unidade de radioterapia do Hospital Moinhos de Vento atuam no apoio aos pacientes e familiares no agendamento de consultas, exames e horários de tratamento. Orientam também quanto às questões administrativas referentes aos orçamentos dos tratamentos e da cobertura pela saúde suplementar (convênios).

Outros Profissionais de atenção médica

Durante ou previamente ao tratamento radioterápico pode ser necessário a atuação de outros profissionais associados à terapêutica ou suporte ao paciente oncológico. Entre eles dentista, psicóloga, nutricionista e isioterapeuta.