Brincar é o momento mágico em que se interage com o meio, manifestando a criatividade, a inteligência e a imaginação. Além disso, a experiência divertida proporciona o desenvolvimento das habilidades cognitivas, físicas, sociais e emocionais. Neste Dia da Criança, 12.10, vamos reforçar a importância de estimular as atividades recreativas e, porque não, participar delas.

O bom de brincar

Dê a uma criança em idade pré-escolar um pedaço de papel e um giz de cera e, em seguida, observe um mundo vibrante emergir de sua imaginação. Quando os pequenos usam sua imaginação durante um tempo livre, elas constroem sua criatividade de maneiras excitantes. A criatividade é uma habilidade importante, porque permite que as crianças façam conexões interessantes entre as ideias para desenvolver uma visão de mundo única. Permitir que elas criem seus próprios mundos usando argila, tinta, giz de cera ou até fantoches ajuda a aprimorar sua imaginação e construir sua visão criativa. Ao brincar juntas, elas até constroem os mundos um do outro, o que reforça a percepção criativa e a adaptabilidade. A capacidade de resolver problemas simples e complexos é um marco importante para o desenvolvimento cognitivo na primeira infância. Quando brincam juntas de jogos de tabuleiro, as crianças precisam usar suas habilidades de pensamento crítico para elaborar o melhor caminho em torno de um obstáculo. Jogos de cartas incentivam as crianças a experimentar várias estratégias e avaliar internamente o sucesso de cada uma delas. Amarelinha é outro jogo que requer a capacidade de superar um problema simples, encontrando uma solução alternativa. Na medida em que desfrutam de brincadeiras, aprendem a criar soluções para novos problemas de todos os tipos. Brincar é o veículo para aprender. Através do brincar, as crianças desenvolvem habilidades cognitivas, físicas, sociais e emocionais, com melhora na capacidade de resolução de problemas, controle emocional, criatividade e na capacidade de comunicação. Já foi evidenciado que redução do tempo de brincadeiras pode afetar negativamente as capacidades de regular a atenção e o autocontrole, assim como a capacidade de raciocínio e de argumentação. À medida que dominam seu mundo, o brincar ajuda a desenvolver novas competências que levam a uma confiança aprimorada e à resiliência que precisam para enfrentar os desafios futuros. O jogo não dirigido permite aprender a trabalhar em grupos, compartilhar, negociar, resolver conflitos e aprender habilidades de autodefesa. A brincadeira ensina como interagir com os colegas, resolver problemas e controlar suas ações para ser bem sucedido ao jogar dentro das regras de um jogo.

Como os pais podem incentivar os filhos

É fundamental que os pais criem uma rotina para brincar com seus filhos, promovendo momentos propícios para que as brincadeiras possam ocorrer de maneira frequente e recorrente. A participação ativa dos pais anima ainda mais os pequenos a querer mais oportunidades de vinculação, num processo virtuoso que promove não apenas o desenvolvimento cognitivo da criança, mas também colabora para um relacionamento mais harmônico e afetivo entre pais e filhos. Com base nos argumentos passados acima, fica claro que brincar é uma prática que traz muitos benefícios para a criança, ainda mais em conjunto com os responsáveis. Em razão da pandemia, algumas atividades estão limitadas ao espaço do lar e, por isso, é preciso ser criativo com as formas de entreter a criançada. Abaixo, listamos algumas dicas que podem ajudar no dia a dia:
  • deixe à disposição da criança todo o tipo de material que ela possa usar para extravasar a sua criatividade: papel, lápis de cor, giz de cera, massinha, argila, tinta ou até fantoches;
  • a família pode se reunir para um jogo de tabuleiro ou de cartas;
  • estimule a escrita e leitura;
  • caso tenha espaço em casa, pode incentivar brincadeiras com mais movimento como pega-pega, esconde-esconde ou até amarelinha;
  • se tem pátio, porque não ensinar a cuidar das plantas?
  • se possível, tente marcar encontros virtuais para que as crianças possam conversar com os amigos, fora do horário de aula;
  • tirar um momento para conversar com a criança e ver do que ela mais gosta de brincar;
  • com relação à bagunça, tente tratar com tranquilidade e ensinar a importância da organização depois de brincar;
  • quanto às telas, use com responsabilidade! Estipule horários para cada coisa e, entre elas, o uso de celular, tablet ou acesso à televisão. Tente apostar na curiosidade sobre algum assunto educativo para que a criança aprenda algo novo e use a tela de forma positiva.
Fonte: Dr. Thiago Rocha (CRM 31966) psiquiatra da infância e adolescência do Serviço de Psiquiatria do Hospital Moinhos de Vento.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1