A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) alerta que uma em cada 10 pessoas em todo o mundo tem alguma doença renal que, se não diagnosticada e tratada de forma correta, pode ser irreversível. Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da Doença Renal Crônica (DCR) estão a diabetes e a hipertensão. Segundo estimativas, mais de 150 mil brasileiros precisam fazer diálise para sobreviver. Mas como funciona este processo? Para quem é indicado? Será que dói? Para sanar estas e outras dúvidas, o Dr. David Saitovitch, chefe do Serviço de Nefrologia do Hospital Moinhos de Vento, conversou com a equipe do Blog Saúde & Você.

O que é a diálise?

De acordo com o Dr. David Saitovitch, a diálise é um processo de filtragem e separação. De forma didática, ele explica que é preciso imaginar duas soluções: uma ao lado da outra, separadas, apenas, por uma membrana semi-permeável. “Ao longo do tempo, este líquido vai acabar passando de uma membrana para a outra, dependendo da concentração de substâncias em cada solução. Juntamente com o líquido, passam algumas moléculas também”, detalha.

“Então, a diálise é um processo de separação de substâncias entre dois líquidos separados por uma membrana. Esse processo clássico de diálise na Medicina é usado para pacientes que têm doença renal e não conseguem mais excluir, por meio dos rins, as substâncias que estes órgãos, normalmente, eliminariam pela urina, como potássio, fósforo, ácidos e líquido. Sendo que, se não fosse eliminado, este líquido também ficaria em excesso no corpo”, esclarece.

Quais são os métodos utilizados na diálise?

O Dr. Saitovitch observa que a diálise tem, basicamente, dois métodos: o mais conhecido é a hemodiálise, na qual o sangue retirado passa por um filtro e dele são retiradas substâncias e água. “Existe também o processo chamado de diálise peritoneal, na qual se usa a membrana do peritônio, que fica dentro do abdômen e recobre as alças intestinais”, complementa.

Conforme a SBN, a diálise peritoneal é uma opção de tratamento através do qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituto da função renal. Um líquido de diálise é colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível).

Quais são as novidades na área da diálise?

Dr. Saitovitch salienta que, recentemente, surgiu um novo método, chamado de hemodiafiltração. “Nele, se faz hemodiálise com um outro processo conhecido por hemofiltração, no qual se retiram moléculas um pouco maiores do sangue de quem está fazendo diálise”, acrescenta.

A que especialista é preciso recorrer e como é a consulta médica?

Conforme a Sociedade Brasileira de Nefrologia, é preciso recorrer a um nefrologista, médico especialista em doenças dos rins, que irá investigar os sintomas e examinar o corpo do indivíduo. Posteriormente, vai solicitar exames para medir a dosagem de ureia e creatinina, de potássio e de ácidos no sangue.

O médico também irá pedir para analisar a quantidade de urina produzida durante um dia e uma noite, fará um cálculo da porcentagem de funcionamento dos rins e vai pedir uma avaliação para descartar anemia (com um hemograma com dosagem de ferro, saturação de ferro e ferritina) e alguma doença óssea. 

A partir desta consulta será possível começar o tratamento com remédios que podem controlar os sintomas e estabilizar a doença renal. Em casos mais graves, poderá ser necessário iniciar um tipo de diálise. "Outra alternativa que oferece resultados e recuperação melhores ainda que a diálise é o transplante renal", pondera o Dr. Saitovitch.

Mas fazer hemodiálise dói?

Na maioria das sessões de hemodiálise, o paciente não sentirá nada. Entretanto, a Sociedade Brasileira de Nefrologia recorda que, algumas vezes, pode ocorrer uma queda da pressão arterial, câimbras ou dor de cabeça. Por estes motivos, as sessões sempre são acompanhadas por um médico e uma equipe de enfermagem.

Como são realizados estes tratamentos no Hospital Moinhos de Vento?

O Hospital Moinhos de Vento conta com uma Unidade de Diálise, desde 2002. No espaço, são atendidos pacientes ambulatoriais ou internados no Hospital. “O ambiente é diferenciado e muito organizado, com profissionais treinados. Oferece privacidade e conforto. Assim, a ideia é tornar este tratamento, vital para o indivíduo, o mais agradável possível”, garante o Dr. Saitovitch. Mais informações podem ser adquiridas pelos telefones: (51) 3314-3434 ou (51) 3537-8000.

Fonte: O Dr. David Saitovitch (CRM 13945) é chefe do Serviço de Nefrologia do Moinhos de Vento e coordenador do Grupo de Transplante Renal do Hospital.

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