O Dia Mundial do Diabetes, 14.11, visa abordar a prevenção da doença e suas complicações. Em um ano de pandemia, a data também alerta para buscar atendimento emergencial, se necessário, assim como seguir com o tratamento e acompanhamento médico. A diabetes é uma doença que está relacionada com muitas outras e que pode, inclusive, levar à morte, se não tratada em tempo e/ou corretamente. Para ajudar com algumas dicas, segue abaixo as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes:

Alimentação balanceada

Uma alimentação saudável pode contribuir para o bom funcionamento do organismo e melhora do controle glicêmico, fortalecimento do sistema imunológico e bem-estar geral. Alimentos in natura e minimamente processados devem ser priorizados. Já os ultraprocessados, é preferível evitar. Além disso, opte por utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar. Com relação às quantidades, podem variar com a idade, sexo, estado nutricional e outros fatores. Entretanto, o prato saudável precisa seguir os princípios percentuais de:
  • 25% de proteína animal (carne de boi, peixe, porco ou frango e ovo) e proteína vegetal (feijão, grão de bico, soja ou lentilha);
  • 25% de carboidratos, de preferência integral;
  • 50% de vegetais, cozidos ou crus.
Não é mito que certos alimentos cooperam para a saúde do organismo. A Vitamina C, por exemplo, encontrada na laranja, limão e outras frutas, estimula a formação de anticorpos, protegendo contra infecções. Outro composto que contribui para este mesmo objetivo e ainda auxilia no sistema imunológico é a Vitamina A, presente em alimentos como a cenoura, mamão, ovos, couve e entre outras comidas. A boa hidratação, inclusive, é indispensável para a fluidez do sangue.

Atividade Física

Mesmo com a pandemia, a recomendação é não deixar de praticar atividades físicas regularmente. São muitos os benefícios que ela traz, como um melhor controle metabólico do diabetes, já que aumenta a captação de glicose e reduz a resistência à insulina. Além disso, também ajuda no controle do peso e protege o coração. O ideal é conferir a glicemia antes de começar a atividade e, se possível, intensificar a monitorização durante o dia, especialmente no caso de um exercício não usual. Mantenha por perto algum carboidrato de ação rápida (3 sachês de mel, 3 balas ou 150 ml de suco de laranja) para corrigir eventual hipoglicemia. E não se esqueça de se hidratar! É sempre bom reforçar que ainda não se sabe tudo sobre o novo coronavírus. Então, se for praticar atividades ao ar livre, evite aglomerações, mantenha-se a dois metros de distância de outras pessoas, use máscara e não toque em nada. Ao chegar em casa, não entre com os calçados da rua e higienize as mãos. O melhor é colocar as roupa lavar e tomar banho imediatamente.

Vigiar as taxas

O monitoramento é indispensável para o bom gerenciamento do tratamento. Apesar da pandemia, o acompanhamento não deve ser interrompido, uma vez que o diabetes mal controlado poderá deixar o paciente mais vulnerável à qualquer infecção, seja viral ou bacteriana. Um alerta é que o álcool em gel não deve ser usado para higienização prévia dos dedos antes da pulsão capilar. Além do tempo de secagem, ele forma uma película com substância ativa que demora mais para evaporar, interferindo no resultado do exame.

Tomar os medicamentos

Não deixe de tomar as medicações, sejam elas para o diabetes ou para outra doença. É importante ressaltar que nenhum fármaco usado no tratamento de diabetes ou pressão arterial aumenta os riscos de infecção pelo coronavírus. Informe seu médico sobre qualquer reação ou mal-estar e questione se é o caso de buscar a emergência ou apenas ajustar os remédios. Jamais interrompa o tratamento por conta própria!

Adaptar-se saudavelmente

O diabetes, assim como qualquer outra doença, sofre influência de fatores psicológicos. Os hormônios secretados na reação de estresse afetam a taxa glicêmica. Dessa forma, mesmo tomando insulina, pode ocorrer elevação da glicemia. Nessa situação de pandemia, é importante buscar um equilíbrio nas reações emocionais e não deixar em segundo plano o autocuidado. Além da atividade física contribuir para o psicológico, estar em contato, mesmo que a distância, com familiares e amigos, também ajuda. Compartilhar sentimentos com alguém com quem você tem laços afetivos pode melhorar o estado emocional e favorecer o tratamento do diabetes. Em hipótese alguma ignore ou diminua o que sente, reconhecer é a melhor forma de vencer a situação. Se necessário, procure um psicólogo.

Resolver problemas

Existem orientações para os casos de hiperglicemia e hipoglicemia. No primeiro caso, os níveis elevados de glicose no sangue prejudicam as células e, consequentemente, a imunidade. A recomendação principal é entender o que pode ter provocado e controlar o quadro. Diferente da hiperglicemia, a hipoglicemia pode se caracterizar por um quadro de palidez, tremor, suor frio e irritabilidade. Ela acontece quando os níveis de glicose estão baixos e, por isso, é sempre bom carregar carboidratos de ação rápida. O adequado tratamento minimiza as chances de uma hiperglicemia.

Reduzir riscos

É importante que a pessoa com o diabetes e seus familiares estejam atentos ao plano alimentar, a prática de atividades físicas regular, a tomada de medicamentos, a realização de exames e monitorização da glicemia para o controle adequado da doença. Além disso, não descuidar das recomendações de segurança da covid-19. Lembre-se:
  • lave com frequência as mãos até a altura dos punhos com água e sabão ou álcool 70%;
  • se for sair, use máscara;
  • evite tocar nos olhos, nariz e boca sem lavar as mãos.
 Fonte: Dr. Guilherme RollinChefe do Serviço de Endocrinologia e Nutrologia do Hospital Moinhos de Vento.

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