Tire suas dúvidas sobre a vacina bivalente

 

Há um mês, a vacinação bivalente contra a Covid-19 foi iniciada no Rio Grande do Sul. Entretanto, a população ainda tem muitas dúvidas. Que vacina é essa? Qual é a sua eficácia? Quem pode se vacinar? E será que a pandemia de Covid chegará ao fim? Para esclarecer estas e outras dúvidas a respeito do tema, o Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho, médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento, falou sobre a bivalente:

 

Qual é a diferença da vacina bivalente para as que estavam sendo aplicadas anteriormente?

Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - A bivalente é a versão mais atualizada da vacina que nós temos utilizado no Brasil. Enquanto que as primeiras vacinas continham apenas a cepa original, a bivalente acrescenta as cepas variantes BA.4 e BA.5, sublinhagens da variante Ômicron, que circulam no Brasil há 3 anos. Assim, esta atualização visa aumentar a eficácia da vacina, principalmente em relação aos desfechos mais importantes, que são a internação e a morte.

 

A população pode confiar nestas novas vacinas?

Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - Esta vacina foi testada em estudos multicêntricos com populações de diferentes regiões do mundo, obedecendo rigorosos critérios de segurança e qualidade de diversas organizações regulatórias internacionais na área da Saúde.

É importante lembrar que, apesar da diminuição importante do impacto da pandemia, nós ainda temos mortes em decorrência da Covid-19, sendo necessário continuar a vacinação.

 

Quais são as reações mais comuns das vacinas bivalentes?

Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - Até o momento, os dados mostram que a bivalente apresenta o mesmo perfil de reações de outras vacinas, que nós já conhecemos. Na sua ampla maioria, são reações locais que podem acontecer, como dor, inchaço ou vermelhidão no local da aplicação, e dor de cabeça, mialgia, calafrios e febre. No geral, são reações autolimitadas e fugazes, que desaparecem em questões de horas e não impactam de forma importante nas atividades diárias dos indivíduos. 

 

Quem pode tomar a vacina bivalente?

Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - Esta vacina está licenciada para uso no Brasil desde os doze anos de idade e sem limite de idade. O Ministério da Saúde organizou a distribuição prioritária neste momento para grupos específicos por entender que eles estão sob maior risco de internações e morte. Primeiro, vai ser chamada a população de idosos, que vivem em instituições de longa permanência, imunocomprometidos e, na sequência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, gestantes e puérperas, trabalhadores da área da saúde, pessoas com deficiência permanente e populações privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas.

 
 

E quem não se vacinou até agora, pode tomar direto a bivalente?

Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - Neste momento, nós temos as vacinas monovalentes disponíveis em toda a Rede de Saúde. Elas são eficazes e seguras. Dessa forma, a indicação para quem ainda não se vacinou, é que procure os Postos de Vacinação e faça a primeira e a segunda dose com estas vacinas. Na sequência, o reforço vai ser com a bivalente, conforme a programação do Ministério da Saúde. 

O importante é lembrar que os imunodeprimidos, que pertencem a um grupo especial, têm um esquema primário de três doses. Para estes, que já têm uma ou duas doses, devem fazer a próxima vacina com a bivalente.

 

Como o senhor prevê que a pandemia vai se comportar daqui para a frente?

          Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - Conforme analisamos os dados da pandemia, percebemos o sucesso no resultado das campanhas de vacinação apoiadas com outras medidas de prevenção, através da diminuição da mortalidade, internações hospitalares e na ocupação dos recursos do serviço de Saúde.

Neste sentido, com a constante evolução do vírus para novas variantes, vamos precisar de vacinas atualizadas, e com reforços vacinais periódicos, principalmente para os grupos de maior risco.

 

Qual será o futuro da Covid, no mundo?

Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho - Covid-19 está migrando em direção a uma infecção respiratória endêmica de menor impacto na população e com possibilidade de apresentar mais casos nos meses frios, assim como a gripe. Mas ainda precisamos acompanhar a rápida evolução deste vírus e as maneiras que ele tenta escapar da proteção do nosso sistema imunológico e da proteção vacinal. Podemos ter mudanças importantes nos próximos meses, mas, por enquanto, são indicados a vacinação sazonal associada à campanha de vacinação da gripe, assim como alguns cuidados adicionais de prevenção, para os grupos de maior risco.

 

Núcleo de Vacinas do Moinhos

Quer atualizar o seu calendário vacinal? Procure o Núcleo de Vacinas da Unidade Iguatemi e a Unidade HUB Canoas, do Hospital Moinhos de Vento. O Núcleo está alinhado ao calendário da Associação Brasileira de Imunizações (SBIM) e possui a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a aplicação completa de vacinas. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3314-3300.

 

Fonte: o Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho (CRM 29512) é Médico Infectologista, Supervisor do Núcleo de Vacinas e coordenador médico das Unidades Externas do Hospital Moinhos de Vento.

Agradeçemos pela sua inscrição!

Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
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