O vírus da COVID-19 ainda está circulando pelo mundo, como uma ameaça constante à saúde da população. A sub variante BQ.1 fez com que os números da doença disparassem na Europa, na China e nos Estados Unidos. E voltou a preocupar, também, brasileiros e gaúchos. Infelizmente, a previsão é de que novas ondas da enfermidade, como a atual, sejam frequentes até que a comunidade leve a sério a importância de estar com o calendário vacinal completo e atualizado, incluindo as doses de reforço disponíveis. Além disso, está claro que o comportamento de cada um, hoje, irá repercutir no alastramento ou não do vírus nas próximas semanas, especialmente após as festas de final de ano.
Mas o que sabemos sobre esta nova mutação da COVID-19?
De acordo com o Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho, médico infectologista do Hospital Moinhos de Vento, a BQ.1 tem aumentado o número de internações e mortes, como observado em outros países. "Ela apresenta mutações adicionais à ômicron, que conferem maior transmissibilidade, sendo a variante dominante no momento”, alerta.
BQ.1 é mais contagiosa
O Dr. Paulo Gewehr Filho, que também é Supervisor do Núcleo de Vacinas do Hospital Moinhos, explica que a nova variante está contaminando mais, uma vez que a comunidade deixou de seguir os protocolos sanitários básicos contra a COVID-19, como o distanciamento social e o uso de máscara. “Além disso, percebemos que há uma baixa procura pela testagem (para confirmar ou não a presença do vírus no organismo) e as pessoas com sintomas deixaram de fazer o isolamento ou quarentena recomendados, o que faz com que a BQ.1 transite muito mais. Os dados epidemiológicos ainda confirmam que muitas pessoas não fizeram os reforços vacinais necessários, assim o vírus vai ficar circulando durante um bom tempo”, avalia.
Números atuais
Conforme a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, pouco mais da metade da população gaúcha (ou 54,3%) está com o esquema vacinal completo, quando a Organização Mundial da Saúde preconiza que, ao menos, 75% dos indivíduos estejam com a vacinação em dia para que a chamada imunização de rebanho comece a surtir efeitos.
Será que a vacina funciona?
“A vacina continua fundamental, por mais que não tenha sido desenhada para esta cepa, pois ela protege o paciente de desenvolver uma doença mais grave. O risco de contágio neste momento é muito alto, devido a diminuição das medidas de prevenção e aumento das interações sociais. Precisamos aumentar as taxas de vacinação e reforçar medidas de prevenção, principalmente, para os grupos de maior risco."
“A nova onda já iniciou e este é um momento de auto-reflexão, uma vez que é importante se cuidar e também proteger os outros. Pequenas ações de prevenção podem fazer toda a diferença. E as vacinas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e também na rede privada.”, ressalta.
Alerta à comunidade
Segundo o Dr. Paulo Filho este é o momento de frear o vírus. “Se tivermos um contingente maior de vacinados, o impacto da doença será menor e, agora, é o momento em que precisamos retomar os cuidados para evitar novos picos da pandemia daqui a duas ou três semanas”, adverte.
Dicas do especialista
O coordenador médico das Unidades Externas do Hospital Moinhos de Vento sugere, ainda, algumas dicas práticas para enfrentar esta nova onda de COVID-19:
Ficou com alguma dúvida? Procure hoje mesmo o Núcleo de Vacinas da Unidade Iguatemi e a Unidade HUB Canoas. Para mais informações, entre em contato pelo telefone (51) 3314-3300.
Fonte: o Dr. Paulo Ernesto Gewehr Filho (CRM 29512) é Médico Infectologista, Supervisor do Núcleo de Vacinas e coordenador médico das Unidades Externas do Hospital Moinhos de Vento.