De acordo com dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde (SINASC), a taxa de mulheres que tiveram filhos entre os 40 e os 44 anos cresceu 50% de 1998 a 2017. Já a taxa de maternidade entre 20 e 29 anos diminuiu 15% nesse período. Números como esses refletem uma realidade cada vez comum: a maternidade tardia. Considera-se como tardia a gravidez que ocorre após os 35 anos de idade. No entanto, apesar de ser algo cada vez mais frequente, para realizar o projeto de ser mãe nessa faixa etária, é preciso começar o quanto antes a planejar os caminhos a serem percorridos para se preservar a fertilidade e as chances de uma gravidez bem-sucedida. Para falar mais sobre esse tema, convidamos a Dra. Isabel de Almeida, uma das coordenadoras do novo Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento. Confira a seguir.

O fenômeno da maternidade tardia

A maternidade tardia reflete diversas mudanças no papel da mulher em nossa sociedade. Nos dias atuais, muitas vezes, ser mãe não é o projeto central de quem tem menos do que 35 anos. Por isso, motivadas pela busca de realização profissional, pelo amadurecimento emocional, casamento tardio, pela vivência de experiências no exterior, estabilidade financeira ou no relacionamento, muitas mulheres estão deixando a maternidade para depois. No entanto, é preciso que essa seja uma decisão bem pensada e que envolva um planejamento quando, de fato, se nutre o desejo de ser mãe. Aos 35 anos, a chance de engravidar, embora seja menor, é expressivamente maior do que aos 40 anos. A partir dessa idade, a queda das possibilidades de gestar é elevada e gradual. Por isso, mesmo que o projeto seja de uma gravidez tardia, é importante um plano para preservar a fertilidade a ser adotado desde cedo.

Idade e fecundidade

De acordo com a Dra. Isabel de Almeida, “a fecundidade das mulheres diminui ao longo da vida. Durante a vida intrauterina, existem entre 6 e 7 milhões de óvulos no feto feminino. Ao nascimento, são somente entre 1 e 2 milhões de óvulos – e esse número segue declinando de forma que, na adolescência, restam entre 400.000 óvulos e apenas 1.000 na época da menopausa”. Dessa forma, a fecundidade das mulheres inicia lentamente seu declínio em torno dos 35 anos e de modo mais rápido após os 37 anos. Esse declínio também aparece nos resultados da fertilização in vitro (FIV). Conforme a doutora, em mulheres abaixo de 35 anos, a taxa de nascimento na FIV é de 40 a 50%, mas de 15% em mulheres entre 41 e 42 anos. A especialista também esclarece que, “à medida que a idade aumenta, o risco de outras doenças, como miomas, obstrução tubária e endometriose, também se eleva e pode levar à infertilidade”. Outra recomendação importante dada pela doutora é que “mulheres acima de 35 anos que estão tentando engravidar não esperem mais do que seis meses de tentativa para iniciar a investigação de infertilidade”. Esse cuidado exerce um impacto grande nas chances de sucesso. Por tudo isso, é importante sempre buscar informações para planejar seu futuro e os caminhos possíveis para seu projeto de vida. Se você quer saber mais sobre como se preparar para a vida acontecer no seu tempo e quais são os caminhos possíveis para uma gravidez tardia, conheça os serviços do novo Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1