A enxaqueca é uma doença genética que provoca sintomas característicos, na forma de crises de dor de cabeça moderada a forte, padrão característico e acompanhada por vários sintomas como intolerância à luz e aos ruídos, náusea e até vômitos. Às vezes, essas crises podem ser desencadeadas por diversos gatilhos, como sono irregular, mudanças climáticas, menstruação e entre outros. No geral, o paciente afetado pela doença pode ter sua vida pessoal e profissional prejudicadas pela queda de produção e dificuldade no convívio social. O médico neurologista e coordenador do Núcleo de Cefaleia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Fernando Kowacs explica o que causa a enxaqueca e quais são as formas de tratamento da doença.

Cefaleias Primárias

As dores de cabeça podem ser classificadas em primárias e secundárias. As primárias são aquelas classificadas como doenças em si, como é o caso da enxaqueca. Já as secundárias são aquelas consideradas sintomas de alguma doença subjacente, neurológica ou não, como no caso de AVC, meningite ou virose sistêmica. Das cefaleias primárias, a enxaqueca é a que mais se destaca, por ser bastante frequente e incapacitante. É comprovado por especialistas da área, e pela Organização Mundial da Saúde, que a doença possui um grande impacto negativo no dia a dia das pessoas, e acomete principalmente jovens adultos, entre os 20 e 40 anos de idade, em sua fase de maior produtividade. As mulheres são mais afetadas do que os homens por conta da flutuação hormonal.

Formas de Tratamento

Existe uma série de desencadeantes das crises diferentes para cada paciente, os principais são sono irregular, longos períodos sem alimentação, mudanças climáticas, estresse emocional, bebidas alcoólicas e até certos alimentos. Por conta disso, é importante que cada indivíduo tente identificar possíveis gatilhos das crises para evitar – lembrando que nem sempre isso é possível. Além disso, atividade física aeróbica regular parece auxiliar na redução da frequência das crises. O tratamento farmacológico preventivo auxilia nos casos em que pacientes possuem a partir de 3 a 4 crises de enxaqueca por mês, ou quando as crises são menos frequentes, mas muito longas ou incapacitantes. Nesses casos recomenda-se medicamentos de uso contínuo, com tratamentos que duram de 6 meses a 1 ano, para diminuir a frequência e a intensidade das dores de cabeça. A toxina botulínica, aplicada dentro de um protocolo específico, pode ser uma solução para tratar a doença em casos mais graves, de pacientes que apresentam enxaquecas em 15 ou mais dias por mês. Além do tratamento preventivo, o paciente com enxaqueca deve ser capaz de controlar as crises com medicamentos de uso agudo, porque mesmo durante o tratamento preventivo algumas crises podem ocorrer.

Orientação médica

Essa é uma doença neurológica menos diagnosticada do que deveria. O paciente que possui crises recorrentes de cefaleia, com náusea, intolerância a luz, ruídos, latejante, unilateral, moderada ou intensa e que piora com a movimentação, deve procurar orientação médica, podendo relatar ao seu clínico geral ou ginecologista. Em casos mais graves recomenda-se neurologistas e estruturas mais especializadas. O Hospital Moinhos de Vento dispõe do Núcleo de Cefaleia do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia para todos os serviços de apoio, com especialistas capacitados para estabelecer diagnóstico, informar e prescrever o melhor tratamento para a cefaleia. Para mais informações, acesse o link.  
Fonte: Dr. Fernando Kowacs (CRM: 16816), médico neurologista do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento

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Prêmios e Certificações

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