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August 27, 2018 |Institucional
A relação entre nutrição e as doenças cardiovasculares tem sido um dos grandes alvos das notícias falsas, também chamadas de Fake News. Muitas informações equivocadas sobre os benefícios de algumas substâncias circulam nas redes sociais e há controvérsias sobre seus efeitos. Além disso, todos os anos, são publicados novos livros com “dietas milagrosas”, que prometem a prevenção e a cura de várias doenças.
Alguns alimentos, em especial, receberam alta exposição na mídia, nos últimos anos, como a berinjela e o limão. Segundo a cardiologista Dra. Carisi Polanczyk, chefe do Serviço de Cardiologia, Cirurgia Vascular e Cardíaca do Hospital Moinhos de Vento, os pacientes devem procurar fontes de informações confiáveis. “É um mito achar que o consumo de um alimento em específico poderá evitar alguma doença. Uma dieta cardioprotetora deve ter uma composição de vários alimentos benéficos ao organismo”, observa.
“É um mito achar que o consumo de um alimento em específico poderá evitar alguma doença.”
Padrões alimentares saudáveis baseados em evidências devem contemplar frutas, legumes, grãos integrais e nozes com moderação e quantidades limitadas de carnes magras (incluindo frutos do mar), produtos lácteos com baixo teor de gordura e óleos vegetais. Por outro lado, devem evitar gorduras saturadas, trans e sólidas, sódio, açúcares e grãos refinados. De acordo com o artigo “Controvérsias sobre a Nutrição Cardiovascular”, publicado pelo Journal of the American College of Cardiology, décadas de pesquisa foram fundamentais para a compreensão do papel da dieta na prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares.
In natura ou processado?
Sucos de frutas e legumes, em combinação com outros alimentos e suplementos nutricionais, vistos muitas vezes como “elixires de saúde” podem concentrar calorias em excesso e não contêm as mesmas propriedades dos alimentos in natura. O mesmo vale para as sopas e cremes e para a ingestão regular de suplementos dietéticos antioxidantes, como o ômega 3.
“Não adianta tomar óleo de peixe em cápsulas e continuar consumindo carne vermelha em grande quantidade. O importante é manter uma alimentação equilibrada e variada”, destaca Carisi. Neste caso, a cardiologista recomenda o consumo do próprio peixe. Os mais ricos em ômega 3, segundo ela, são os peixes de águas profundas como salmão, arenque, atum, sardinha e truta.
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