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January 16, 2020 |Institucional
A Doença Cardiovascular (DCV) é incomum em mulheres na pré-menopausa, principalmente na ausência de outros fatores de risco. Já as diretrizes do American College of Cardiology e American Heart Association (ACC / AHA) reconhecem o estado pós-menopausa como um fator de risco para DCV, atribuindo-lhe o mesmo peso que o sexo masculino. No entanto, é difícil quantificar o efeito do status pós-menopausa no risco de DCV, pois está associado à idade avançada, um fator de risco bem reconhecido.
Para falar sobre a relação entre a menopausa como fator de risco para doenças cardiológicas, o chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Marcos Wengrover Rosa explica em quais casos ela ocorre e quais são as formas de prevenção.
Menopausa Precoce x DCV
A menopausa precoce espontânea é desencadeada por mecanismos auto-imunes, isto é, pelo surgimento de auto-anticorpos que determinam a falência precoce das gônadas, bem como pode ser causada por alterações gênicas e cromossômicas. Além disso, ela pode estar associada a um risco aumentado de DCV.
Em um estudo de coorte de base populacional de 144.260 mulheres na pós-menopausa, aquelas com menopausa antes dos 40 anos tiveram um risco aumentado de DCV incidente (um resultado composto) em sete anos, o que ocorreu em 7,6% das mulheres com menopausa prematura cirúrgica, 6,0% daqueles com menopausa prematura natural e 3,9% daqueles sem menopausa prematura.
“Entre os componentes do desfecho composto, as taxas mais altas de doença arterial coronariana, tromboembolismo venoso e insuficiência cardíaca em mulheres com menopausa precoce foram os maiores”, afirma o médico, com base no estudo.
Nestes casos, a melhor forma de prevenir as doenças cardiovasculares é através da adoção de uma dieta saudável, manter o peso dentro do recomendado, praticar atividade física regularmente, evitar o cigarro, uso moderado de álcool, diagnosticar e tratar a hipertensão arterial, alterações relativas ao perfil lipídico ( colesterol e entre outras), diabete melito e estar atento ao histórico familiar.
Terapia Hormonal reduz os riscos?
Não está claro por qual mecanismo a menopausa pode aumentar o risco de DCV, mas a reposição hormonal não parece ser protetora. No Women’s Health Initiative (WHI) e nos estudos HERS, a reposição de estrogênio-progestina não teve efeito cardioprotetor na prevenção primária ou secundária e pode ter causado danos. Como resultado, a terapia de reposição hormonal não é recomendada estritamente para prevenção primária ou secundária de DCV.
Fonte: chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Marcos Wengrover Rosa (CRM: 12346).