Não encontramos nenhum resultado que corresponda com essa busca.
/ /
July 29, 2020 |Institucional
O tema deste ano da Organização Mundial de Saúde para o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é “Futuro livre de hepatites“. O dia 28 de julho tem o objetivo de conscientizar sobre as hepatites virais, que, por sua vez, se caracterizam como uma inflamação no fígado que pode causar uma série de doenças.
A OMS tem como visão erradicar a doença até 2030, por isso, a cada ano aborda um assunto diferente. Em 2020, o objetivo é alertar para a prevenção da hepatite B entre mães e recém-nascidos, uma vez que o vírus pode ser transmitido durante o parto, bem como através da amamentação e do contato pelo sangue e outros fluidos corporais. As recomendações são:
Recém-nascidos devem ser vacinados contra a hepatite B no nascimento, seguidos de pelo menos duas doses adicionais;
Mulheres grávidas devem ser rotineiramente testadas para hepatite B, HIV e sífilis e receber tratamento, se necessário;
Hepatite B e C
Existem cinco tipos de hepatites virais: A, B, C, D e E. As mais comuns são as três primeiras, sendo que a A e B possuem vacina. Juntas, as hepatites B e C somam o maior número de casos da doença, acometendo 325 milhões de pessoas no mundo e, por ano, causam mais de um milhão de mortes.
A hepatite C, por outro lado, não tem vacina e é a principal causa de cirrose, além de ser responsável por mais de 70% das mortes por hepatites virais no Brasil. Na ausência da imunização, são reforçadas as orientações de cuidados e diagnóstico precoce.
A prevenção se dá evitando o contato com sangue e objetos contaminados (agulhas, seringas, alicates de unha e lâminas de barbear/depilar), além do rigoroso controle dos bancos de sangue. No caso da hepatite C, a transmissão sexual e vertical (de mãe para filho) são causas menos comuns.
Aproximadamente, 80% dos pacientes não apresentam sintomas. Por este motivo, deve-se buscar o diagnóstico precoce através de exames que detectam os anticorpos contra o vírus da hepatite C no sangue (Anti-HCV). “Nos indivíduos anti-HCV +, a infecção deve ser confirmada pela detecção do RNA do HCV (HCV-RNA ou PCR para HCV). Todas as pessoas com HCV tem indicação de tratamento e as medicações são fornecidas gratuitamente pelo SUS. O método consiste em uma combinação de dois remédios administrados por via oral durante oito ou 12 semanas, com taxas de cura superiores a 95%”, explica o Dr. Fernando Wolff, chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Moinhos de Vento.
O especialista destaca que o trato precoce da doença possibilita maiores chances de cura. Mesmo os pacientes com cirrose possuem mais de 90% de chance de se curarem da hepatite C. “Sendo assim, aproveite a data e peça ao seu médico para conhecer a sua condições em relação às hepatites A, B e C. Vacine-se para hepatites A e B, caso ainda não seja imunizado, e, se estiver infectado pelo HCV, busque a cura. Ela está ao alcance de todos!”.