O Dia Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater e conscientizar a população sobre as Hepatites Virais. A Hepatite causada pelo vírus C (HCV), a Hepatite C, possui destaque dentre as demais do grupo. Estima-se que cerca de 71 milhões de pessoas estejam infectadas no mundo e que cerca de 400 mil por ano vão a óbito devido a complicações dessa doença, principalmente por cirrose e câncer de fígado. Calcula-se que a prevalência de pessoas sororreagentes (anti-HCV) seja de aproximadamente 0,7% no Brasil, o que corresponde a cerca de 700 mil casos virêmicos (população geral compreendida na faixa etária de 15 a 69 anos, até o ano de 2016) que necessitam de tratamento. O supervisor do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Leonardo Wagner Grillo explica o que são as hepatites e como tratá-las. Conheça as Hepatites Virais A transmissão do HCV ocorre principalmente por via parenteral, por meio do contato com sangue contaminado, a exemplo do compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos para uso de drogas, reutilização ou falha de esterilização de equipamentos médicos ou odontológicos, falha de esterilização de equipamentos de manicure e reutilização de material para realização de tatuagem, além do uso de sangue e seus derivados contaminados. A transmissão sexual do HCV também tem sido relatada de forma esporádica e ocorre em relações sem uso de preservativo. Há também a possibilidade de transmissão vertical (mãe-bebê), em menor proporção dos casos. A maioria dos casos tem apresentação assintomática e anictérica, o que dificulta o diagnóstico. Habitualmente, a hepatite C é descoberta em sua fase crônica e, como os sintomas são muitas vezes escassos, a doença pode evoluir durante décadas sem suspeição clínica. Normalmente, o diagnóstico ocorre após o teste sorológico de rotina ou por doação de sangue. Sem tratamento, a hepatite C tem uma tendência a cronificação em 60% a 85% dos casos e, em média, 20% evoluem para cirrose (estágio final da doença hepática) ao longo do tempo. Uma vez estabelecido o diagnóstico de cirrose hepática, o risco anual para o surgimento de câncer do fígado é de 1% a 5% e de descompensação hepática é de 3% a 6%. Após um primeiro episódio deste último caso, o risco de óbito, nos 12 meses seguintes, é de 15% a 20%. Sintomas e Tratamento Os sintomas da infecção pelo HCV estão presentes na minoria de casos (20% a 30%) e geralmente são inespecíficos, tais como anorexia, astenia, mal-estar e dor abdominal. Uma menor parte dos pacientes apresenta icterícia ou escurecimento da urina. O tratamento da hepatite C crônica existe de maneira universal pelo SUS. A indicação deve ser avaliado por um médico, mas a maioria dos pacientes portadores de hepatite crônica pelo HCV poderão ser tratados e o mesmo é feito com medicamentos via oral. Chamados de antivirais de ação direta, muito bem tolerados, possuem uma duração variável de 8 à 24 semanas e uma taxa de cura superior a 95%.
Fonte: Leonardo Wagner Grillo (CRM 26225), supervisor do Programa de Residência Médica em Gastroenterologia

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