Para desenvolver o novo teste, foram obtidas amostras de sangue de 200 pacientes com câncer de mama, pulmão, ovário e colorretal. Artigo sobre a pesquisa foi publicado no periódico científico Science Translational Medicine.O médico do serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento e Fellow da Johns Hopkins Hospital, Dr. Pedro Henrique Isaacsson Velho, esclarece que esta nova técnica permite a análise completa de quase uma centena de genes associados ao câncer. “Além disso, a quantificação de cópias desses genes correlacionou-se ao risco de recidiva em alguns tipos de câncer, demonstrando que a técnica pode ter também utilizada no acompanhamento de pacientes em remissão da doença”, complementa. Segundo os cientistas, as populações que mais poderão se beneficiar do teste incluem pessoas com alto risco de desenvolver câncer, como fumantes – em quem os exames padrão de tomografia computadorizada para identificar câncer no pulmão frequentemente dão como resultado “falsos positivos” – e mulheres com mutações hereditárias para o câncer de mama e ovário nos genes BRCA1 e BRCA2. “Este é um passo importante para que se possa detectar o câncer de maneira mais precoce e aumentar as chances de cura. Entretanto, os pesquisadores são cautelosos em ressaltar que estes achados ainda necessitam de confirmação em estudos futuros antes de serem incorporados à prática diária”, pondera Dr. Rui.