A atriz global Guta Stresser, conhecida por interpretar a personagem Bebel do seriado “A Grande Família”, acaba de ser diagnosticada com esclerose múltipla. O fato fez com que a doença voltasse à pauta dos noticiários. 

Mas, afinal, o que é a esclerose múltipla?

“O ‘múltipla’, da ‘esclerose múltipla’, significa exatamente isso: que os pacientes têm múltiplos sintomas. Alguns são mais frequentes, como alterações de sensibilidade ou visão, falta de força, tontura ou problemas na coordenação”, explica a Dra. Maria Cecília Aragón de Vecino, neurologista do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes no Hospital Moinhos de Vento. Vale explicar que a esclerose múltipla (EM) é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) em jovens. Por se tratar de uma doença autoimune, tem maior prevalência em mulheres. Atualmente, mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo convivem com a EM, de acordo com um levantamento da Federação Internacional de Esclerose Múltipla.

Sintomas lentos e progressivos

“Não é como um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Normalmente, são sintomas que vão se instalando, progressivamente, e vão fazendo o déficit acontecer”, esclarece a especialista. “A pessoa precisa estar atenta a sintomas que não são agudos, mas evoluem gradualmente e permanecem por um ou dois dias, aumentando de intensidade e se estabelecendo, sem ir embora”, recomenda. “Não é como uma simples dormência no pé, porque o indivíduo ficou sentado, e que passará assim que ele se mexer”, compara Dra. Maria Cecília. “Ao contrário, é preciso ficar alerta ao sintoma que vai se instalando, lenta e progressivamente, e que não desaparece em 24h ou 48h”, adverte.

A esclerose múltipla afeta a memória?

Entretanto, ao contrário do imaginário popular, a esclerose múltipla não afeta, diretamente, a memória ou a cognição de quem possui a doença. “A falta de memória é um estigma negativo que os pacientes sofrem e, na verdade, ela só surge em casos mais específicos e tardiamente”, tranquiliza a neurologista. Portanto, o termo “esclerosada” é um jeito pejorativo e desatualizado de dizer, hoje, que um indivíduo está com sintomas de demência ou transtorno neurocognitivo, que nada tem a ver com a doença. 

É possível ter uma vida normal tendo esclerose múltipla?

Outra ideia errada é acreditar que o diagnóstico de esclerose múltipla significa uma sentença de morte ao paciente ou a certeza de que ele ficará incapacitado. “Pensar isso é uma coisa absurda e antiga! Há duas décadas atrás, diziam que as pessoas ficariam em cadeiras de rodas em 15 anos, depois do diagnóstico. Atualmente, isso não faz sentido nenhum, exceto para quem não faz tratamento adequado, chamado alternativo”, garante. 

“A proposta de hoje é de vida normal. Com medicação correta e acompanhamento médico, a paciente pode ter filhos, fazer faculdade, desenvolver habilidades artísticas, enfim, fazer tudo o que quiser”, argumenta a médica. “A doença tem tratamento, tem controle, tem boa evolução, ou seja, os pacientes podem manter a rotina normal, seguindo as recomendações médicas”, informa a Dra. Maria Cecília.

Qual é a melhor forma de diagnosticar a doença?

O médico neurologista pode diagnosticar e confirmar a doença, após saber da história do paciente e fazer a sua avaliação clínica, juntamente com os resultados da ressonância magnética e de exames laboratoriais. Frequentemente, médicos oftalmologistas, ortopedistas ou reumatologistas também avaliam pacientes com sintomas sugestivos de EM e encaminham ao neurologista.

Portanto, se você ainda tem dúvidas, não perca tempo e procure ajuda médica. Os especialistas do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento estão aptos a responderem todas as perguntas sobre a esclerose múltipla e a indicarem exames para um diagnóstico preciso e posterior tratamento. Além de realizarem um acompanhamento, que irá assegurar tranquilidade e qualidade de vida aos pacientes. 

Aliás, é importante que as pessoas com EM não se sintam sozinhas, nem isoladas. Tanto que o tema para o Dia Mundial da Esclerose Múltipla de 2020-2022 são as “Conexões”. O foco da campanha é unir, justamente, a comunidade que tem relação com a doença, como pacientes, médicos e pesquisadores. 

Fonte: Dra. Maria Cecília Aragón de Vecino (CRM: 017114) neurologista do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
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Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1