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July 8, 2022 |Institucional
Conheça a cardiopatia da bebê do ator Juliano Cazarré
O ator Juliano Cazarré tem chamado a atenção do público. E, desta vez, não é pelo personagem carismático que faz na novela de horário nobre. Na verdade, é a sua vida pessoal que está nas principais manchetes. Sua filha caçula, Maria Guilhermina, nasceu no último dia 21 de junho com uma cardiopatia rara. Mas será que tem cura? O coordenador do Núcleo de Cardiopatias Congênitas do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Renato Kalil, traz informações sobre a doença e revela quais são os tratamentos mais indicados.
Anomalia de Ebstein
Cazarré contou para a imprensa que a pequena Maria Guilhermina possui uma cardiopatia congênita rara, chamada de Anomalia de Ebstein, e foi descoberta ainda nos exames pré-natais. Segundo estatísticas, a condição afeta 1 a cada 10 mil bebês e pode acarretar em dificuldades de respirar, arritmia cardíaca e cianose, que é uma coloração azulada na pele, nos lábios e nas unhas, causada por uma escassez de oxigênio no sangue.
O que é?
“É uma anomalia da válvula tricúspide e do ventrículo direito, que se apresenta como um espectro definido em cada caso, podendo ser leve, moderada ou grave. Pelo que vimos nas notícias, a bebê tem a forma mais delicada desta enfermidade”, observa. Segundo ele, a válvula tricúspide é deslocada para dentro do ventrículo direito e fica insuficiente, ou seja, o sangue que passa para dentro do ventrículo volta para aurícula e assim o rendimento do coração diminui e a criança fica cianótica, roxa, porque, além de não ir sangue para o pulmão, circula bastante sangue do lado direito para o lado esquerdo do coração”, elucida o Dr. Renato Kalil.
Cirurgias
A boa notícia é que, em geral, procedimentos cirúrgicos, como o que Maria Guilhermina acaba de se submeter, contribuem muito para a reversão do quadro. “Quando bebê, geralmente se faz uma cirurgia paliativa. Depois que cresce, uma corretiva. Se o paciente tiver sucesso em ambas, pode até ter uma vida normal”, abranda. O risco de morte na cirurgia no período neonatal é de 20 a 30%. Em crianças maiores, cerca de 5%.
“Cirurgias paliativas atenuam o problema. A cirurgia corretiva, mais adiante, pode corrigir completamente. Sendo que o portador da Anomalia de Ebstein pode conviver por bastante tempo só com a intervenção paliativa. Posteriormente, poderá passar por novos procedimentos, na medida de novas necessidades, complicações ou alterações”, explica. Logo, a menina que ganhou a simpatia de muitos brasileiros, especialmente de fãs do ator global, tem boas chances de viver normalmente, após superar a gravidade da situação atual.
Se por acaso você quiser mais informações a respeito desta ou de outras cardiopatias congênitas ou sabe de algum bebê que, antes mesmo de nascer, foi diagnosticado com esta rara doença, procure o Núcleo de Cardiopatias Congênitas do Hospital Moinhos de Vento.
Fonte:
Dr. Renato Kalil (CRM 4670) é coordenador do Núcleo de Cardiopatias Congênitas do Hospital Moinhos de Vento