Durante muitos anos, o planejamento familiar foi direcionado para a anticoncepção, prevenindo gestações não desejadas e postergando aquelas planejadas. Esta estratégia facilitou o desenvolvimento econômico, a melhora nos níveis de educação e possibilitou que pessoas do público feminino desenvolvessem suas carreiras profissionais. Mas de que forma essas decisões interferiram no desenvolvimento populacional?

Declínio da fertilidade

De acordo com a Dra. Isabel de Almeida, coordenadora técnica do Centro de Fertilidade do Hospital Moinhos de Vento, a taxa total de fertilidade, ou seja, o número de crianças nascidas por mulher, diminuiu muito. “Tanto é que a previsão para 2100, daqui a pouco mais de 70 anos, é de que todos os países estejam abaixo da linha de reposição da população”, observa. 

Aliás, esta foi uma das conclusões de um estudo robusto sobre o tema, realizado pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington e publicado no conceituado jornal científico The Lancet. Entre os resultados – combinando os cenários de mortalidade, fecundidade e migração – foi visto que a população global atingirá um pico de 9,73 bilhões de pessoas em 2064 e depois irá declinar para 8,79 bilhões em 2100. 

“É um paradoxo, pois impacta de forma positiva, como, por exemplo, na qualidade do atendimento às crianças. Mas também reflete de forma negativa, uma vez que uma população envelhecida utiliza mais os serviços de saúde e de aposentadoria e haverá menor força de trabalho jovem”, avalia a Dra. Isabel de Almeida. 

Reprodução assistida

“Isto tem levado vários países a adotarem programas de estímulo à maternidade, com incentivo financeiro e maior acesso às técnicas de reprodução assistida. Embora, em alguns países, cerca de 10% dos nascimentos já ocorram por fertilização ‘in vitro’, o alto custo dos tratamentos ainda torna este processo inacessível para muitas pessoas”, esclarece a médica, que também atua como coordenadora do projeto “Valorize a sua Fertilidade”.

Planejamento familiar

“É cada vez mais necessário que se discuta a fertilidade e o planejamento reprodutivo, conscientizando os jovens sobre a importância da anticoncepção no planejamento familiar, mas também sobre fatores que podem levar à infertilidade no futuro, como infecções sexualmente transmissíveis, diminuição do número de óvulos com a idade, consumo excessivo de álcool, cigarro, obesidade, má nutrição, poluentes ambientais, entre outros fatores.” 

Fertilidade finita

Planejar o melhor momento de formar uma família é muito importante, mas também é bom ter presente que a fertilidade é finita e a postergação demasiada pode levar a dificuldades para engravidar. Então, se você pensa em ter filhos no futuro, informe-se. Converse com seu médico”, aconselha.

Centro de Fertilidade

Caso tenha ficado interessado, saiba que o Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida do Hospital Moinhos de Vento realiza a avaliação de fertilidade para mulheres e homens que estão planejando ter um filho ou que têm enfrentado dificuldades neste sentido. 

O Centro conta ainda com uma equipe de especialistas em infertilidade, formada por ginecologistas, urologistas e geneticista, além de um serviço altamente qualificado de reprodução assistida para ajudar nesta trajetória. Informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 3314-3434, (51) 3537-8476 ou (51) 9 9896-3090. 

Fonte: A Dra. Isabel de Almeida (CRM 16091) é coordenadora técnica do Centro de Fertilidade e Reprodução Assistida e coordena o projeto “Valorize a sua Fertilidade”.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1