O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. A boa notícia é que, com diagnóstico rápido e tratamento adequado, é possível salvar vidas e reduzir sequelas. Por este motivo, o mote da campanha do Dia Mundial do AVC 2025 garante: “Cada Minuto Conta”.
Promovida pela “World Stroke Organization” (ou Organização Mundial do AVC), a iniciativa tem como objetivo esclarecer à população que:
Porque as ações de hoje definem o futuro de amanhã. Cada ação conta. Cada pessoa conta. Cada minuto conta para transformar o futuro de quem sofre um AVC — e o de toda a sociedade.
O tempo é essencial
Neste sentido, a Dra. Sheila Martins, chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, resume: “cada minuto conta para reconhecer, agir e transformar”. Segundo a especialista, a mensagem reforça que o tempo é essencial. “Quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances de recuperação. Mas agir rapidamente também vale para governos, gestores e profissionais de saúde. Afinal, cada minuto conta para implementar o que já sabemos que salva vidas.”
“O desafio não é apenas tratar o paciente certo no tempo certo. É garantir que todas as pessoas, em todos os lugares, tenham acesso ao tratamento. Cada minuto conta para a vida e para o sistema de saúde”, salienta a Dra. Sheila Martins, ex-presidente da “World Stroke Organization” e fundadora da Rede Brasil AVC.
Apenas seis segundos?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada seis segundos uma pessoa perde a vida em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no planeta. Ao ano, são treze milhões de casos e, destes, 6,6 milhões são fatais. A estimativa é que, para 2050, sejam 10 milhões de mortes causadas por AVC em todo o mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de AVC, a mortalidade em decorrência desta doença continua sendo líder em relação aos distúrbios cardiovasculares, ultrapassando o infarto no país. Em 2024, o número total de óbitos passou de 85,4 mil por AVC, seguido de 77,8 mil por infarto.
Assim, o AVC segue sendo uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, afetando, particularmente, países de baixa e média renda. “Apesar dos benefícios das unidades de AVC e dos avanços em tratamentos (como a trombólise intravenosa e a trombectomia mecânica), alcançar acesso equitativo a estas intervenções continua sendo um desafio”, avalia.
Segundo a Dra. Sheila, a falta de conscientização sobre os sintomas do AVC e a ausência de atendimento pré-hospitalar organizado levam a chegadas tardias em hospitais equipados para tratamento e transferências postergadas para centros especializados. “Além disso, estratégias insuficientes de prevenção secundária e de serviços de reabilitação aumentam as chances de AVCs recorrentes e de incapacidade a longo prazo”, complementa.
Brasil é referência mundial
A médica revela que um estudo brasileiro financiado pelo Ministério da Saúde confirmou que a mortalidade por Acidente Vascular Cerebral, aos 90 dias, em uma cidade com implementação completa do programa de AVC foi de 17%, enquanto que, em duas cidades sem nenhum centro especializado ou tratamento específico, a mortalidade variou de 40% a 49%. Este levantamento integra o artigo da neurologista intitulado “HEADS UP 2024: Policy Efforts to Improve Equitable Access to Acute Stroke Care Globally” (ATENÇÃO 2024: Esforços de Políticas para Melhorar o Acesso Equitativo ao Atendimento de AVC Agudo Globalmente), publicado no “Journal of the American Heart Association” (JAHA ou Revista da Associação Americana do Coração). Desta forma, com este e outros vários casos, o Brasil hoje se tornou referência mundial de como implementar políticas públicas eficazes para o tratamento do AVC.
Hospital Moinhos de Vento
Neste sentido, outras descobertas científicas também têm recebido destaque nesta transformação. O Hospital Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS), conduz o “PROMOTE”, de pesquisa e assistência. “O Hospital lidera o desenvolvimento da primeira polipílula brasileira, para a prevenção do declínio cognitivo e do AVC (com medicamentos para hipertensão e colesterol), e de estudos clínicos na fase aguda do AVC, avaliando novos tratamentos trombolíticos e de trombectomia mecânica. Sendo que estas pesquisas têm alto potencial de se converterem em políticas públicas, como já aconteceu com outros estudos brasileiros que mudaram a prática clínica global”, reitera.
Fonte: A Dra. Sheila Martins (CRM 20989) é chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento e ex-presidente da “World Stroke Organization”.

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