O Conselho Federal de Farmácia faz um alerta sobre os perigos da automedicação. Segundo o conselho, usar um medicamento por conta própria ou por indicação de um familiar, amigo ou conhecido não é adequado e deve ser evitado.  Quando um medicamento é usado de forma incorreta ou sem critérios, ele pode causar prejuízos à saúde. O consumo precisa ser acompanhado de uma orientação médica e ser seguido pelo tempo determinado, tanto a automedicação quanto a interrupção por conta própria são ações incorretas que podem acarretar em complicações clínicas.  Em razão da Pandemia, muitos medicamentos foram apontados como formas de prevenção ou até de tratamento da Covid-19. Para os médicos do Serviço de Endocrinologia e Nutrologia do Hospital Moinhos de Vento, Tiago Schuch e Guilherme Rollin, um dos mais preocupantes foi o excesso de vitaminas D, que provocou um quadro de intoxicação em alguns pacientes. Para alertar e desmistificar algumas dúvidas, os especialistas responderam as perguntas abaixo. Confira: 

Qual a dose de vitamina D diária recomendada?

Ela varia conforme a idade e o estado atual de suficiência desta vitamina. Há dois contextos em que esta pode ser indicada: para prevenção de deficiência em populações de maior risco, como idosos, obesos, gestantes e pessoas privadas da exposição ao sol; ou para tratamento de deficiência adequadamente diagnosticada.  Desta forma, a dose a ser suplementada pode variar entre 400 até doses de 2000 unidades por dia. Já para tratamento de deficiência diagnosticada, o médico pode indicar doses maiores poderão ser recomendadas temporariamente, conforme cada caso específico.

Em quais alimentos e por quanto tempo é necessário tomar sol para garantir as necessidades do organismo?

Alguns alimentos que contribuem com os níveis de vitamina D no organismo: salmão, arenque, sardinha, atum, óleo de fígado de bacalhau, gema do ovo, cogumelo, bife de fígado, leite integral e iogurte natural. Quanto à exposição ao sol, a quantidade necessária para adequação dos níveis de vitamina D depende de diversos fatores, como latitude, estação do ano, etnia, idade e horário da exposição. Em termos gerais, seria suficiente uma exposição ao sol de cerca de 15 minutos ao dia, sem protetor solar, entre os horários das 10 e das 16 horas, apenas do rosto e antebraços, e no período de primavera e verão.

Quando é necessário suplementação?

Existe uma grande discussão na literatura médica sobre quem deveria ser suplementado e quanto deveria ingerir, assim como sobre quais os níveis precisam ser atingidos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, as indicações incluem prevenção para grupos de risco e para tratamento de deficiências (cuja definição é níveis de 25-OHD abaixo de 20ng/ml).

Quais os riscos de tomar vitamina D em suplementos sem acompanhamento médico?

Nos últimos meses, temos observado um aumento significativo no número de pacientes atendidos com intoxicação por vitamina D. A provável explicação para este fenômeno é o elevado número de pessoas que fazem o uso indiscriminado de altas doses sem o acompanhamento médico adequado, além dos caso de pacientes que querem melhorar a imunidade. O principal risco é o desenvolvimento de hipercalcemia (elevação do nível de cálcio no sangue), o que pode levar especialmente a danos neurológicos e renais. Casos mais graves, com hipercalcemia severa, pode levar a insuficiência renal aguda e, inclusive, necessidade de diálise.

Quais os sintomas e danos da intoxicação por vitamina D?

Sintomas decorrentes do aumento do cálcio no sangue: cansaço, fraqueza, náuseas, vômitos, azia (gastrite) e constipação. Nos casos graves, também podem ocorrer manifestações neurológicas, problemas na memória, dificuldade de concentração e alterações comportamentais.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1