Sentir dor nas pernas após uma longa caminhada pode ser normal para muita gente, porém, para algumas pessoas, até poucos passos causam desconforto, o que pode ser um sinal da doença arterial periférica, disfunção que causa estreitamento ou entupimento das artérias dos membros inferiores. “Em geral, a dor ocorre quando a pessoa caminha e alivia com o descanso. O mecanismo desse tipo de doença é muito semelhante ao da angina do coração: o desconforto acontece quando a quantidade de sangue é insuficiente para manter o tecido em um determinado grau de funcionamento”, explica Leonardo Reis de Souza, médico do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento.   Existem diversos fatores de risco associados ao desenvolvimento da doença arterial periférica, entre os quais o tabagismo é o principal deles. Pessoas que fumam têm quatro vezes mais chances de ter o problema, além de apresentarem a disfunção em torno de dez anos antes do que pessoas que não fumam. O diabetes também causa um aumento do risco de complicações relacionadas à doença, como úlceras e gangrenas. Outros fatores muito importantes são a idade, as alterações do colesterol e a pressão alta. Como para a maioria das doenças, a prevenção é feita a partir de hábitos de vida saudáveis, que envolvem não fumar, manter-se no peso adequado, alimentar-se bem e manter a prática regular de exercícios físicos.  
Pessoas que fumam têm quatro vezes mais chances de ter o problema, além de apresentarem a disfunção em torno de dez anos antes do que pessoas que não fumam.
  Em casos mais graves, a dor ocorre até mesmo quando o indivíduo está parado e, nessas situações, eventualmente alivia quando a perna é colocada para baixo. “A dor no repouso ou a presença de feridas nas pernas indicam que é preciso procurar atendimento médico o mais brevemente possível”, alerta o médico. Com o controle dos fatores de risco, orientações de prevenção de feridas e um programa de exercícios regulares, a maioria dos pacientes consegue aumentar gradualmente a distância que caminha sem sentir dor. Em casos muito graves ou nos quais os pacientes apresentam resistência ao tratamento clínico, costumam ser indicados outros tipos de intervenção, como a cirurgia (na qual é feita uma “ponte” para levar o sangue adiante da porção mais comprometida da artéria) ou o tratamento endovascular, no qual é realizada a dilatação da porção afetada por dentro da artéria através de punções com agulha, sem cortes.   A amputação hoje, muito raramente, é o primeiro tratamento indicado ao paciente com esse tipo de doença, exceto em casos onde ocorra, no membro afetado, uma infecção grave e incontrolável, que possa muito rapidamente causar a morte da pessoa. “Eventualmente, em casos muito graves ou que não respondam bem aos outros tratamentos, pode ocorrer perda da vitalidade do membro ou de parte dele, sendo indicada a amputação. É importante que paciente, médico e familiares compreendam que a amputação não é uma derrota e que existem, hoje, muitas alternativas para a reabilitação após a cirurgia”, frisa Souza.  
Leonardo Reis de Souza (CRM: 31027), médico do Serviço de Cardiologia do Hospital Moinhos de Vento. (LINK: https://www.hospitalmoinhos.org.br/servico-medico/cardiologia-cirurgia-vascular-e-cardiaca/)
       

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
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Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1