A campanha Plastic Free July (Julho Sem Plástico, em tradução livre) visa aumentar a conscientização sobre um problema que tem crescido exponencialmente e em escala global. Essa ação faz parte da Plastic Free July Foundation, uma Fundação independente, sem fins lucrativos, que iniciou na Austrália, mas que agora é adotada por diferentes países. Na mesma linha de pensamento, neste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou a iniciativa “Beat Plastic Pollution” (Combater a Poluição dos Plásticos, em tradução livre), durante evento realizado no Dia Mundial do Meio Ambiente. A organização convida as pessoas a fazerem mudanças diárias em suas vidas, com o objetivo de reduzir o consumo desnecessário do plástico. O planeta tornou-se excessivamente dependente desse material, que, muitas vezes, se limita a apenas um uso. A ONU estima que um milhão de garrafas plásticas sejam compradas a cada minuto e que cinco trilhões de sacolas descartáveis sejam utilizadas durante um ano. Ainda segundo a Organização, até 13 milhões de toneladas de plástico são despejadas incorretamente nos oceanos, impactando sua fauna e flora. Esse material pode circular a terra quatro vezes em apenas um ano, levando aproximadamente mil anos para se desintegrar completamente. Se não forem implantadas medidas urgentes, até 2050 pode existir mais plástico do que peixes nos mares. Conforme o responsável pela área de Gestão Ambiental do Hospital Moinhos de Vento, Rogério Almeida, o mundo vive uma “acelerada degradação ambiental” por conta do consumo desenfreado e do desperdício de produtos descartáveis de rápida e barata produção. “O problema é que a velocidade que degradamos não é a mesma em que o meio ambiente se regenera. Ainda por cima, descartamos a maior parte de tudo que é produzido e consumido diretamente no mesmo meio ambiente, causando um grande impacto ambiental, pois devolvemos a matéria-prima extraída, agora como produto, de lenta degradação e grande ocupação de espaço, principalmente em aterros sanitários, rios, oceanos e lixões”, constata.  

Projeto Bumerangue

O Hospital Moinhos de Vento está ciente dessa situação e busca implantar ações de sustentabilidade. Através do projeto Bumerangue, criado em 2014, a Instituição passou a transformar seus resíduos recicláveis em novos produtos, como sacos de lixo, papel higiênico e vassouras.   Julho Sem Plástico - Projeto Bumerangue Hospital Moinhos de Vento  
O Moinhos de Vento é o primeiro hospital no Brasil a adotar uma gestão autossustentável de todos os seus resíduos.
  O Moinhos de Vento é o primeiro hospital no Brasil a adotar uma gestão autossustentável de todos os seus resíduos. A Instituição assumiu essa posição ao propor a criação da Central de Transformação de Resíduos, uma solução de gestão envolvendo a logística correta de todos os materiais gerados internamente – infectantes, comuns e recicláveis inservíveis. O espaço objetiva:  
    • Promover a correta destinação e tratamento de cada tipo de resíduo.
 
    • Descontaminar resíduos infectantes e transformá-los em células de energia.
 
    • Treinar o público interno e a comunidade que frequenta o Hospital para o descarte correto dos resíduos.
 
  • Reduzir a quantidade de resíduos encaminhados para o aterro sanitário.
  Além disso, é importante destacar que pequenas ações também contribuem. Para o dia a dia, Rogério reforça a importância de se ter consciência na hora de comprar um produto e pensar no seu destino final. Entre as dicas, destacam-se:  
    • Não utilizar sacolas plásticas no supermercado, adotar a prática do uso de bolsas ou caixas de papelão. Se for usar sacola, depois utilize-a nas lixeiras domésticas.
 
    • Evitar o uso de canudinhos e talheres de plásticos.
 
    • Prefira produtos em caixas, pois a reciclagem é mais simples, barata e rápida.
 
    • Compre a granel. Se conseguir comprar arroz, feijão e grãos a granel, aproveite! O produto será o mesmo e você estará evitando embalagens de plástico.
 
    • No trabalho, é recomendado trazer uma caneca para o “cafezinho” diário e um copo ou garrafa de vidro ou alumínio para o consumo de água.
 
  • Prefira potes de vidro. Além de fazer bem à natureza, você também estará garantindo um item mais duradouro e seguro para armazenar alimentos e outros produtos.
  Além das dicas, a ONU também pede que cada um tenha consciência do descarte correto dos produtos que consumir e, se ver um material na rua, se puder, procure juntar. São essas pequenas atitudes que podem ajudar a melhorar o cenário atual do mundo.   De modo geral, Rogério ressalta que é possível reverter essa situação e mudar a previsão da ONU para até 2050. Basta que novas ações sejam implementadas e que entidades estejam engajadas nessa causa. “A reciclagem e o reaproveitamento são ótimas ferramentas para redução da extração de recursos naturais, desde que incentivadas por governos locais com a redução da tributação para indústrias e empresas envolvidas diretamente nestes processos.  A isenção de tributação sobre materiais recicláveis também se torna um bom incentivo para fomentar este mercado.”    

Agradeçemos pela sua inscrição!

Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1