A Esclerose Lateral Amiotrófica, também conhecida como ELA, é uma doença degenerativa do sistema nervoso que afeta os neurônios motores – células responsáveis pelos movimentos voluntários da musculatura. Dessa forma, os sintomas da doença são fraquezas e atrofias musculares, contrações involuntárias e câimbras. Quando atingem os músculos da fala e da deglutição (ato de engolir) essas funções também são prejudicadas. Apesar do comprometimento do movimento e da fala, a ELA dificilmente afeta células responsáveis pela percepção e raciocínio dos pacientes, nem mesmo em fases avançadas da doença.   De acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada 100 mil pessoas, cerca de 2,5 desenvolve a doença por ano e a idade é um fator importante para a sua ocorrência, sendo mais frequente nos pacientes entre 55 e 75 anos de idade. Segundo o ministério, acredita-se que logo no aparecimento do primeiro sintoma 80% dos neurônios motores relacionados ao grupo muscular afetado já tenham sido perdidos e que mais de 90% dos casos sejam esporádicos, e o restante hereditários.   Com exceção dos casos genéticos, não se tem conhecimento dos fatores que levam ao surgimento da doença. O mais provável é que ela derive de uma série de diferentes fatores que, ao atuar sobre um indivíduo com uma predisposição genética, iniciem o processo de degeneração das células motoras. “Alguns estudos definem que condições como atividade física extenuante – que ocorre com atletas profissionais -, exposição a agrotóxicos ou campos eletromagnéticos de alta intensidade e o fumo estão associados ao aparecimento da doença”, informa Francisco Rotta, médico do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento.  
Apesar do comprometimento do movimento e da fala, a ELA dificilmente afeta células responsáveis pela percepção e raciocínio dos pacientes, nem mesmo em fases avançadas da doença.
  Mesmo com todos estes dados, o diagnóstico da doença ainda é difícil e demorado, precisando ser feito através de um histórico médico e exames físicos típicos apoiados por exames complementares como eletroneuromiografia (estimulação dos nervos periféricos, sensitivos e motores, ao longo da coluna vertebral, por meio do uso de uma corrente elétrica), ressonância magnética do cérebro e da coluna e exames de sangue. “Não existe um exame único para a determinação da doença. Além disso, como os sintomas iniciais podem ser comuns a várias outras disfunções, os pacientes acabam procurando em média quatro profissionais de diferentes especialidades até que se faça o diagnóstico”, aponta o médico.   De acordo com o profissional, a média de sobrevida dos pacientes com ELA é de três anos e meio após o início dos sintomas, ou de dois anos e meio a três anos após o diagnóstico. No entanto, 20% dos pacientes vivem mais de cinco anos e 10% consegue viver mais de dez anos com auxílio de suportes médicos. Para isso, os pacientes com a doença necessitam, além do atendimento neurológico, de acompanhamento de pneumologistas e clínicos gerais, fisioterapia motora e respiratória, terapia ocupacional, atendimento de fonoaudiólogos e profissionais da área de nutrição.   Infelizmente a Esclerose Lateral Amiotrófica não possui cura. Entretanto, existem medicamentos aprovado pela ANVISA que reduzem a progressão da doença e aumentam as chances de sobrevida dos pacientes. “Além disso, estamos em um momento muito importante para os pacientes com ELA, já que tratamentos promissores estão aparecendo e sendo testados”, informa o médico.  
Francisco Rotta (CRM: 19160), médico do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento. (LINK: https://www.hospitalmoinhos.org.br/servico-medico/neurologia-e-neurocirurgia-2/)

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