Apesar do comprometimento do movimento e da fala, a ELA dificilmente afeta células responsáveis pela percepção e raciocínio dos pacientes, nem mesmo em fases avançadas da doença.Mesmo com todos estes dados, o diagnóstico da doença ainda é difícil e demorado, precisando ser feito através de um histórico médico e exames físicos típicos apoiados por exames complementares como eletroneuromiografia (estimulação dos nervos periféricos, sensitivos e motores, ao longo da coluna vertebral, por meio do uso de uma corrente elétrica), ressonância magnética do cérebro e da coluna e exames de sangue. “Não existe um exame único para a determinação da doença. Além disso, como os sintomas iniciais podem ser comuns a várias outras disfunções, os pacientes acabam procurando em média quatro profissionais de diferentes especialidades até que se faça o diagnóstico”, aponta o médico. De acordo com o profissional, a média de sobrevida dos pacientes com ELA é de três anos e meio após o início dos sintomas, ou de dois anos e meio a três anos após o diagnóstico. No entanto, 20% dos pacientes vivem mais de cinco anos e 10% consegue viver mais de dez anos com auxílio de suportes médicos. Para isso, os pacientes com a doença necessitam, além do atendimento neurológico, de acompanhamento de pneumologistas e clínicos gerais, fisioterapia motora e respiratória, terapia ocupacional, atendimento de fonoaudiólogos e profissionais da área de nutrição. Infelizmente a Esclerose Lateral Amiotrófica não possui cura. Entretanto, existem medicamentos aprovado pela ANVISA que reduzem a progressão da doença e aumentam as chances de sobrevida dos pacientes. “Além disso, estamos em um momento muito importante para os pacientes com ELA, já que tratamentos promissores estão aparecendo e sendo testados”, informa o médico.