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November 12, 2014 |Institucional
Doenças neurológicas, como Acidente Vascular Cerebral (AVCs), esclerose múltipla e traumatismo craniano ou raquimedular, podem levar à espasticidade, um problema muitas vezes incapacitante, que resulta na restrição de movimentos podendo levar a rigidez de membros como pernas e braços. De acordo com o Dr. Fábio Guarany, coordenador do Centro de Espasticidade, vinculado ao Serviço Médico de Neurologia do Hospital Moinhos de Vento, é imprescindível um tratamento visando à reabilitação do paciente que sofre com limitações motoras devido a doenças neurológicas.
O foco está na melhora da função comprometida, prevenção de deformidades e quadros dolorosos. “Muitas vezes incapacitante, o problema ocorre quando a área afetada do cérebro perde o controle correto de músculos nos braços, mãos, pernas e pés e leva a uma hiperatividade descontrolada. Isso faz com que os músculos se contraiam quando deveriam relaxar e leva a restrição da movimentação”, explica o especialista. A espasticidade quando não tratada, pode dificultar a execução de tarefas da vida diária como alimentação, locomoção e cuidados com a higiene. Além de poder evoluir para contraturas, luxações, dor e deformidades.
A espasticidade quando não tratada, pode dificultar a execução de tarefas da vida diária como alimentação, locomoção e cuidados com a higiene. Além de poder evoluir para contraturas, luxações, dor e deformidades.
O que é a espasticidade?
A espasticidade é uma manifestação decorrente de doenças neurológicas, que afetam principalmente o cérebro, limitando a movimentação. Produz aumento do tônus muscular. Está associada à redução da capacidade funcional, limitação da amplitude do movimento articular, desencadeamento de dor, aumento do gasto energético metabólico e prejuízo nas tarefas diárias, como alimentação, locomoção, transferências (mobilidade) e cuidados de higiene.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico e o médico gradua o tônus muscular segundo uma escala denominada Ashworth Modificada (EAM). Tão importante quanto o diagnóstico da espasticidade é avaliar o seu impacto na função motora global, na dor, no desenvolvimento de contraturas e deformidades osteomusculares. A partir destas informações, o plano terapêutico é estabelecido.
Centro de Espasticidade
O Centro de Espasticidade do Serviço Médico de Neurologia do Hospital Moinhos de Vento segue o Protocolo Clínico e as Diretrizes terapêuticas para o tratamento das espasticidade do Ministério da Saúde visando o uso racional da toxina botulínica.
O tratamento da espasticidade está relacionado ao processo de reabilitação do paciente. Por isso, pode ser necessária realização de fisioterapia ou outras terapias para melhora funcional e prevenção de deformidades músculo-esqueléticas. Além disso, pode haver a indicação do uso da toxina botulínica, principalmente, para vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), traumatismo cranioencefálico e traumatismo raquimedular em adultos e Paralisia Cerebral em crianças.
Tóxina Butolínica
O tratamento com toxina botulínica realizado no Centro de Espasticidade tem como base a aplicação da toxina botulínica. A medicação tem como efeito relaxar a musculatura e através disso facilitar o processo de reabilitação do paciente, o posicionamento e os movimentos. A combinação da fisioterapia com o uso da toxina botulínica promove o correto estiramento do músculo e pode prevenir encurtamento permanente.
O Efeito da toxina é temporário (dura em média de 3 a 6 meses) e pode ser otimizado a partir de uma combinação de exercícios, fisioterapia e órteses de posicionamento. A duração do tratamento vai depender da evolução do caso e não deve ser aplicada em intervalos menores de três meses.
O paciente que sofreu um AVC e teve um dos lados do corpo comprometido, como braço e perna, por exemplo, ao receber a toxina perceberá maior facilidade na movimentação e posicionamento do seguimento afetado. Isso pode ser percebido na realização de atividades cotidianas como uma caminhada. Nos casos de crianças com paralisia cerebral, a musculatura é relaxada e facilitará a realização de movimentos diminuindo o gasto de energia para realizar a tarefa proposta.
Saiba mais visitando a página do Centro de Espasticidade
Fonte: Dra. Sheila Cristina Ouriques Martins – chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia