Em 13 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Sepse, para conscientizar a população sobre o tema e contribuir para o reconhecimento imediato desta enfermidade que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), causa uma em cada cinco mortes no mundo. Mas o que é sepse? O Instituto Latino-Americano da Sepse (ILAS) diz que a doença é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo, produzidas por uma infecção, sendo atualmente mais conhecida como uma infecção generalizada.

Mas, de acordo com informações do ILAS, não se trata de uma infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como, por exemplo, no pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação, numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente.

Dr. João Pedro Mendonça Bidart, médico emergencista-rotineiro do Hospital Moinhos de Vento esclarece que a sepse é uma reação exagerada do organismo para combater uma infecção que ele adquiriu. “Então, quando essa reação é exagerada ou descontrolada, acaba atacando o nosso próprio organismo”, elucida.

Doença desconhecida e fatal

Apesar de ser desconhecida entre o público leigo, a sepse é muito prevalente e pode ser fatal se tiver um diagnóstico tardio. Dr. Bidart salienta que a doença mata mais que câncer e infarto, sendo, também, a principal causa de morte em UTI. “Temos que valorizar a sepse porque ela é muito mais comum e presente do que se imagina, só não é tão conhecida pela população em geral”, pondera.

A OMS avalia que ainda faltam, justamente, informações sobre o assunto. No primeiro relatório global que publicou sobre o tema, em 2020, a instituição concluiu que os esforços para combater milhões de mortes e incapacidades devido à sepse são dificultados por sérias lacunas no conhecimento, particularmente em países de baixa e média renda. “Segundo estudos recentes, a sepse mata 11 milhões de pessoas a cada ano, muitas delas crianças. Também incapacita outros milhões”, destacou o levantamento. No Brasil, estima-se que sejam cerca de 240 mil mortes por ano. 

O relatório global da OMS ressalta, ainda, que a sepse ocorre em resposta a uma infecção. Quando não é reconhecida precocemente e tratada imediatamente, pode causar choque séptico, falência múltipla dos órgãos e morte. Pacientes gravemente afetados pela COVID-19 e outras doenças infecciosas têm maior risco de desenvolver e morrer por sepse.

Mas como evitar a sepse?

O especialista do Hospital Moinhos observa que existem algumas maneiras de prevenir ou minimizar boa parte dos casos, por meio de ações fáceis. “Uma das medidas que é muito simples e que hoje se fala muito é a questão da lavagem das mãos. Então, lavar ou higienizar as mãos, tanto com água e sabão quanto com álcool em gel, adequadamente, ajuda a evitar a infecção e a sepse por alguns micro-organismos. Quais micro-organismos? Vírus, bactérias e fungos”, ilustra. 

Outra atitude que ajuda muito a evitar e prevenir a doença é o ato de se vacinar. “As vacinas atuam contra várias doenças e evitam alguns micro-organismos, como a pneumococo, que é uma bactéria encapsulada, responsável por diversas enfermidades”, exemplifica. Outra medida também importante para evitar a sepse é ter um hábito de vida saudável: praticar exercícios físicos, não ingerir bebidas alcoólicas, não usar drogas. 

E, ainda, é muito importante tratar infecções, ou seja, se as pessoas contraírem algum tipo de infecção (mesmo sem febre) não devem demorar para iniciar o tratamento. “Se for uma infecção bacteriana, precisam tratar com antibiótico o mais cedo possível. Isso também pode ajudar a evitar que esses pacientes evoluam para a sepse”, adverte. Portanto, consulte o seu médico caso suspeite de alguma infecção. Quanto antes tratar, melhor serão os resultados. E a equipe do Moinhos de Vento está qualificada para lhe receber.

Fonte: Dr. João Pedro Mendonça Bidart (CRM 30604), médico emergencista-rotineiro da Emergência do Hospital Moinhos de Vento

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