De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a disfunção miccional é um termo genérico utilizado para se referir a problemas de função da bexiga urinária, que incluem dificuldades no armazenamento ou esvaziamento da urina. A incontinência urinária, por exemplo, é um tipo de disfunção miccional, caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra.

 

A SBU estima que uma a cada 25 pessoas pode sofrer de incontinência urinária ao longo da vida. Cerca de 40% das mulheres após a menopausa perdem urina de forma involuntária. Aproximadamente 8% dos homens que necessitam de cirurgia para remoção completa da próstata (para tratamento do câncer) também podem apresentar perda involuntária de urina.

 

Para compreender o assunto, entrevistamos o Dr. Alexandre Fornari, médico urologista do Núcleo de Disfunções Miccionais do Hospital Moinhos de Vento, que deu orientações sobre o tema. Leia, abaixo, o conteúdo completo:

 

O que são as disfunções miccionais?

Segundo o Dr. Alexandre Fornari, as disfunções miccionais representam um grupo de situações onde o portador apresenta sintomas relacionados à função miccional. “Não é uma doença específica, mas um grupo de sintomas relacionados ao ciclo miccional que recebem esta denominação”, observa. 

 

Quais são os principais sintomas e como identificá-los?

O médico urologista explica que os sinais são divididos entre sintomas de armazenamento e de esvaziamento. “Os primeiros são os que ocorrem enquanto a bexiga está enchendo e, os mais, comuns são urgência miccional (vontade intensa e repentina de urinar), urge-incontinência (ocorre quando esta vontade repentina de urinar leva a perda de urina), frequência urinária aumentada e noctúria, que é a necessidade de urinar durante a noite.” 

“Temos também a incontinência aos esforços, que ocorre quando se percebe perda urinária com tosse, espirro ou qualquer outro tipo de esforço. Já os sintomas da fase de esvaziamento são jato urinário fraco, demora para começar a sair a urina, necessidade de esforço para conseguir urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e gotejamento após a micção”, detalha. 

 

As disfunções miccionais podem acometer crianças, jovens, adultos e idosos?

Conforme Fornari, as disfunções miccionais podem acometer qualquer faixa etária. “A dificuldade para urinar é mais comum em homens idosos, já a incontinência aos esforços é mais comum em mulheres, mas todos os sintomas podem acometer qualquer gênero ou faixa etária. Então, ficar atento aos sintomas e compreender que não são normais já é o primeiro passo”, alerta. 

 

Como tratar e a que médico recorrer?

O Dr. Alexandre Fornari informa que o urologista é o especialista indicado para tratar todas as disfunções miccionais. “A formação do urologista é voltada para o trato urinário e as disfunções da bexiga, uretra, assoalho pélvico são melhor investigadas e tratadas por este especialista. Antes do tratamento, sempre é importante um diagnóstico preciso, que pode incluir exames como ultrassonografia, exames laboratoriais e o teste funcional do trato urinário inferior que é a urodinâmica”, elucida. 

 

O que é a urodinâmica?

“A urodinâmica é o exame mais completo para verificar o funcionamento do trato urinário inferior, nos revelando um diagnóstico preciso e orientando o tratamento mais adequado. As formas mais comuns de tratar incluem a fisioterapia pélvica, medicamentos de diversos tipos, mudanças de hábitos e, eventualmente, algum tipo de procedimento cirúrgico minimamente invasivo”, explana o médico. 

 

Que serviço o Hospital Moinhos de Vento oferece a pacientes com essas disfunções?

O Hospital Moinhos de Vento oferece um Núcleo de Disfunções Miccionais que dispõe de profissionais capacitados para realizar consultas especializadas neste tipo de situação, bem como proporciona a realização de exames de urodinâmica e videourodinâmica (urodinâmica com o auxílio de imagens da bexiga e uretra, concomitantemente). 

“Também dispomos da possibilidade de realizar todos os tipos de tratamento, desde cirurgias com ou sem telas/próteses para o trato urinário inferior, implantes de marcapasso para a bexiga, toxina botulínica na bexiga e demais tecnologias inovadoras; cada vez menos invasivas para o mais pronto restabelecimento e normalização da função urinária do nosso paciente”, complementa. 

 

Que conselhos o senhor daria para as pessoas que convivem com este problema?

O Dr. Alexandre Fornari revela que, o primeiro passo, é admitir o distúrbio. “É preciso reconhecer que não é normal apresentar sintomas de disfunção miccional e procurar um urologista habilitado a tratar o problema. Muitos pacientes vão se adaptando à situação adversa e acabam comprometendo muito a sua qualidade de vida por situações que, muitas vezes, possuem uma solução simples e fácil. Portanto, procure seu urologista!”, recomenda.

 

Gostou do conteúdo? Quer saber mais? Está com algum problema semelhante? Marque sua consulta com os especialistas do Hospital Moinhos de Vento. Para mais informações, entre em contato pelo telefone: (51) 3314-3434. O horário de atendimento do Núcleo de Disfunções Miccionais é das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira.

 

 

Fonte: Dr. Alexandre Fornari é médico urologista (CREMERS 22017) do Hospital Moinhos de Vento.

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Prêmios e Certificações

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