Um fator relevante e que pede atenção em relação à imunização são as viagens, cada vez mais distantes e frequentes no dia a dia da população, modificando os riscos de doenças infecciosas e as vacinas indicadas.Além de tomar todas as vacinas, algumas requerem reforços ao longo do tempo. No caso da gripe, por exemplo, além da proteção através dos anticorpos diminuir após seis meses da aplicação, existem as mutações dos vírus causadores da doença que ocorrem todo ano, fazendo com que a vacina precise ser atualizada anualmente. “Caso a pessoa não saiba se tomou todas os tipos e doses necessárias na infância, a orientação é atualizar todas as vacinas indicadas, registrando-as adequadamente, mesmo aquelas que ela pode já pode ter recebido”, e xplica Gewehr. Não há risco em receber novamente alguma vacina já aplicada, sendo fundamental ter certeza de estar protegido através da conferência do registro correto da vacina recebida. Confira alguns casos específicos: Vacinação em gestantes As vacinas recomendadas na gestação são contra a gripe, hepatite B, tétano e coqueluche. “As vacinas protegem a mulher durante a gestação pela produção de anticorpos, que chegam ao feto através da placenta, protegendo o bebê logo após o nascimento de várias doenças” explica o infectologista. Recomenda-se que os casais que querem engravidar atualizem todas as vacinas antes da gestação pois algumas não podem ser dadas à gestante devido aos riscos de saúde causados ao feto. Vacinas compostas de vírus vivos enfraquecidos como a varicela, sarampo, rubéola, caxumba, dengue, febre amarela e poliomielite oral ainda não tem estabelecida a sua segurança em relação a possíveis riscos à saúde fetal, não devendo ser realizadas durante a gestação. Vacinação em idosos Existem vacinas recomendadas especificamente para pessoas a partir dos 60 anos, como a pneumocócica 13 e 23, além da vacina contra o herpes zoster, gripe, dTpa (difteria, tétano e coqueluche) e hepatites A e B. Muitas vacinas que deveriam ter sido recebidas na infância, adolescência ou idade adulta devem ser atualizadas mesmo após os 60 anos a fim de manter o indivíduo com a proteção em dia. Outras precisam ser feitas anualmente, como a da gripe ou em reforços periódicos como a para o tétano. Vacinação para quem vai viajar Antes de viajar é importante estar com o calendário vacinal atualizado. Ao programar uma viagem é fundamental avaliar quais os riscos de doenças imunopreveníveis tanto no deslocamento como no destino. Vacinas indicadas conforme o destino são cólera, hepatite A, encefalite japonesa, meningite, raiva, encefalite do carrapato, tuberculose, poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, febre tifoide e febre amarela.