Mais frequente do que se imagina, o Tromboembolia venosa (TEV) é uma doença grave que possui alta incidência de casos ao redor do mundo. Consiste na formação de coágulos dentro das veias acarretando a obstrução das mesmas, seja nos vasos sanguineos superficiais ou nos profundos. Quando não diagnosticado e tratado precocemente, pode acabar evoluindo para situações mais críticas como uma embolia pulmonar.

Como ocorre

Por algumas razões o sangue pode coagular ao passar por um determinado lugar dentro de uma artéria ou de uma veia, formando um pequeno coágulo, chamado de trombo, que se adere às paredes do vaso. Cada vez que um trombo se forma pode causar sintomas importantes dependendo da região em que se encontra. A este caso dá-se o nome de trombose. Quando a trombose ocorre em uma artéria, é chamada de trombose arterial. Quando ocorre em uma veia, trata-se de uma trombose venosa. Em alguns casos, a pessoa pode ficar com problemas crônicos como insuficiência venosa crônica (que provoca varizes e inchaços dos pés) e falta de ar (quanto há sequela da embolia pulmonar, chamada hipertensão pulmonar tromboembólica crônica).  

Sintomas

A doença se desenvolve mais comumente nas coxas e pernas. As principais características da trombose venosa são inchaço, dor, câimbra, vermelhidão, sensibilidade ou calor na região. Algumas pessoas que possuam TEV podem não apresentar sintomas. Já os sintomas de embolia pulmonar costumam ser falta de ar, dor no peito e, eventualmente, catarro com sangue.  

Fatores de risco

Há situações que podem contribuir com o desenvolvimento da trombose. Por exemplo: idade elevada (sobretudo acima dos 60 anos); episódio anterior de trombose venosa e/ou embolia pulmonar; obesidade; traumas e derrames cerebrais recentes; cirurgias de médio e grande porte; história de trombose na família; gravidez; varizes; doenças do sangue, cardíacas ou pulmonares; situações de repousos e imobilidade prolongada; câncer e quimioterapia  e uso de contraceptivos como pílula ou terapia de reposição hormonal.  

Tratamento

O tratamento desta doença é feito com o uso de anticoagulantes (injetáveis como heparinas; ou orais como varfarina, apixabana, dabigatrana ou rivaroxabana). Estes medicamentos auxiliam na absorção dos trombos atuais e também a evitar que novos se formem. Normalmente o paciente deve usar os anticoagulantes por pelo menos três meses, mas em alguns casos pode ser necessário utilizá-los a vida toda. Em alguns casos pode ser necessário cateterismo e/ou cirurgia.  

Prevenção

A TEV é uma doença muito comum nos pacientes que estão hospitalizados, já que vários deles estão com a mobilidade reduzida pelo próprio motivo da internação e geralmente tem outras doenças prévias que predispõem a TEV, além de muitas vezes serem submetidos a cirurgias e outros procedimentos. Por isso, utilizar medidas preventivas é fundamental. A mobilização precoce, por exemplo, com saída do leito e a deambulação, pode evitar um episódio de TEV. Neste sentido, os pacientes podem colaborar, tendo a atitude de se movimentar com frequência, desde que não seja contraindicado pelo médico. Anticoagulantes em pequenas doses também são frequentemente utilizados com esta finalidade. Naqueles que não podem ingerir anticoagulantes por algum motivo, o uso de meias elásticas nas pernas pode também ajudar a prevenir a TEV. Apesar de não possuir cura, há diversos tratamentos de controle da doença. Diversas medicações como a heparina pode ser administrada pelo médico responsável. O uso de meias de compressão também é indicado para ajudar na circulação do sangue.
Fonte: Johns Hopkins Medicine Validação: Dr. Marcelo Basso Gazzana (CRM 21082), chefe do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento.

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