Possivelmente, você deve ter percebido que o termo “autismo” tem sido utilizado de forma mais frequente hoje em dia. De acordo com o Dr. Thiago Botter Maio Rocha, coordenador do Centro Especializado em Neurodesenvolvimento Infantil (CENI) do Hospital Moinhos de Vento, existe uma série de razões para falarmos mais neste tema. “Algumas são positivas, como a redução do desconhecimento e do preconceito sobre o assunto, mas outras são motivo de atenção, como o aumento de casos e as preocupações sobre atrasos no desenvolvimento infantil”, compara o psiquiatra da infância e adolescência.

Será que os números realmente aumentaram

Muitas famílias têm identificado alguns atrasos no desenvolvimento de seus filhos, em áreas como linguagem, habilidades motoras e controle de comportamento. Esses atrasos, potencializados ou não pelo período da pandemia, têm gerado muitas dúvidas a respeito da possibilidade de diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) nessas situações. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 1 criança em cada 100 é autista e cerca de 70 milhões de pessoas no mundo possuem algum grau de TEA. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de indivíduos com esse transtorno. 

O que é o autismo?

Conforme o especialista, o autismo, cujo nome técnico é Transtorno do Espectro Autista, é uma condição de saúde caracterizada por prejuízos na socialização, comunicação verbal e não verbal, e alterações no comportamento, com interesses restritos, hiperfoco e movimentos repetitivos. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC) afirma que o autismo atinge ambos os sexos e todas as etnias. Entretanto, o número de casos identificados é maior entre o sexo masculino (cerca de 4 vezes maior).

Pais: fiquem atentos

Dr. Thiago explica que muitas vezes os sintomas de TEA podem já se manifestar em períodos bem precoces, mesmo antes dos 2 anos de vida, principalmente no que se refere às habilidades sociais e de comunicação. Os bebês podem mostrar pouco contato visual, não interagir adequadamente com outras pessoas ou mesmo ter dificuldades na capacidade de imitação de alguns gestos, como mandar beijo ou dar tchau. Atraso no desenvolvimento da fala também é um ponto importante a ser observado: criança que com dois anos ainda não fala palavras ou frases curtas deve receber maior atenção.

 “É muito importante que os pais recebam mais informações para que sejam capazes de identificar os sinais de alerta do transtorno, visto que o sucesso do tratamento e a evolução do paciente dependem, também, do diagnóstico precoce”, enfatiza. “Quando o tratamento começa antes dos 3 anos de idade, o índice de melhora pode chegar a 80%. Assim, pode-se perceber a importância de entender e saber detectar os sinais precoces desse transtorno para que os cuidados possam ser iniciados o quanto antes”, garante o coordenador do Centro Especializado em Neurodesenvolvimento Infantil (CENI) do Hospital Moinhos de Vento.

No CENI, as crianças são observadas e cuidadosamente avaliadas por uma equipe multiprofissional que conta com profissionais da psiquiatria da infância e adolescência, neuropediatria, psicologia, neuropsicologia, terapia ocupacional e fonoaudiologia para que possam receber planos de tratamento personalizados, visando a retomada de seu crescimento e desenvolvimento saudável. O CENI fica na Rua Ramiro Barcelos, 910, Bloco A, 4º andar, do Hospital. Avaliações podem ser agendadas por esse link.

Fonte: Dr. Thiago Botter Maio Rocha (CRM-RS 31966) é psiquiatra da infância e adolescência e coordena o Centro Especializado em Neurodesenvolvimento Infantil (CENI) do Hospital Moinhos de Vento.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1