Não é surpresa que a pandemia causada pela Covid-19 desestabilizou a maior parte dos setores e, em especial, à área da saúde. Um dos maiores impactos diz respeito à queda da doação de órgãos no Brasil, que caiu 26% de 2019 para 2020. 

Esse número tem como consequência uma lista ainda maior de pessoas aguardando transplante no país, que chega a mais de 50 mil pacientes em 2021.

Segundo a médica do Centro de Tratamento Intensivo Adulto do Hospital Moinhos de Vento, Patrícia Balzano, “a queda, tanto no número de doações, quanto de transplantes, durante a pandemia, tem como justificativa a redução e/ou a suspensão de cirurgias eletivas, o medo de pacientes e de doadores de se contaminarem, a falta de leitos em UTIs, além da suspensão de voos para transporte dos órgãos”.

É diante desse cenário desafiador que a data de 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, ganha ainda mais relevância. É o momento de promover o debate, esclarecer dúvidas e conscientizar a população sobre a importância de se tornar um doador.

De acordo com Patrícia, a doação pode ser feita ainda em vida (no caso de órgãos como rim, parte do fígado, parte do pulmão e medula óssea) ou após o falecimento do doador. Em ambos os casos, não existe restrição quanto a quem pode doar, mas existem critérios mínimos a serem avaliados, como causa da morte (no caso de doadores falecidos), doenças infecciosas ativas, dentre outros. Para conferir mais informações sobre os perfis de doador, clique aqui.

Outro ponto comum de dúvida é sobre o procedimento, o qual se assemelha ao de outras cirurgias. “O doador vivo está sujeito aos riscos normais de se submeter a uma cirurgia sob anestesia geral. Antes do procedimento são feitos vários exames a fim de minimizar esses riscos”, garante a médica.

O gerente comercial Edson Barcelos Carneiro, de 43 anos, está em recuperação de um transplante renal realizado no início de setembro. O procedimento foi o primeiro no Hospital Moinhos de Vento, em que o órgão transplantado era de uma pessoa já falecida.

“Meu objetivo, a partir de agora, é incentivar quem está na fila de transplantes a não desistir. Eu fui beneficiado por uma família que estava bem informada e que cumpriu o desejo do seu ente querido. Foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida”, comenta Edson.

Ele estava na fila de transplante há dois anos e já havia realizado outros tratamentos como diálise peritonial e hemodiálise. “O tratamento foi extremamente desgastante, foram muitos altos e baixos, mas, graças à minha família, eu sempre acreditei. Hoje posso dizer que o transplante foi uma virada de chave e um resgate no meu prazer de viver”, relembrou ele.

E você pode ser o responsável por promover essa mesma sensação a outro brasileiro. Converse com a sua família e amigos. Manifeste seu desejo. Incentive a discussão sobre o assunto e ajude a salvar vidas!

Agradeçemos pela sua inscrição!

Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1