O mês de setembro é repleto de datas que refletem a história de lutas e conquistas da comunidade surda. Mas você sabe o motivo por trás da escolha desta cor? Está atrelado a um passado triste, pois ela foi usada durante a Segunda Guerra Mundial como símbolo das pessoas com deficiência. A comunidade surda, entretanto, abraçou essa cor e ressignificou ela para demonstrar o orgulho de ser surdo.
Para o Dia Nacional do Surdo, 26.09, o blog Saúde e Você conversou com o Lucas Freitas Bourscheid, que reforça a importância dessas datas para conscientizar a população sobre a garantia dos direitos. Formado em Gestão de Recursos Humanos, Lucas é Instrutor de Libras, e participa do Grupo Teatral de Surdos Signatores como ator. Confira a entrevista:
1. Para você, qual a importância desta data e de muitas outras relacionadas à comunidade surda no mês do setembro azul?
“São datas importantes para todos celebrarem as conquistas. Não são dias comemorativos, porém, são direitos conquistados. É um símbolo de valorização, respeito aos surdos, ao esforço de muitas vidas que sofreram no passado.
Nós, surdos, buscamos novas oportunidades, nosso direito à acessibilidade, saúde e mercado de trabalho.
É também importante divulgar para as pessoas que a Libras (Língua Brasileira de Sinais) é uma língua para surdos, mas também é oficial do nosso país. Ela foi reconhecida como meio legal de comunicação e expressão desde 24 de Abril de 2002, através da Lei nº 10.436.
É fundamental a aplicação da lei de obrigatoriedade da educação bilíngue de surdos, que foi aprovada ainda este ano (lei 14.191).”
2. Qual a origem por trás da cor azul e qual a mensagem?
“A razão do azul ser a cor-símbolo tem a raiz em um passado triste, vem da Segunda Guerra Mundial, quando eram amarradas fitas azuis em pessoas com deficiência para diferenciá-las das demais. Desde então, setembro é um mês de resistência contra o preconceito para a comunidade surda. A cor azul turquesa é usada por ser uma cor viva e vibrante e representa a riqueza cultural de uma comunidade surda que brilha com orgulho!”
3. Como foi para você a integração e acolhimento no Hospital? Há quanto tempo está na instituição?
“Eu entrei com o pé direito no Hospital Moinhos de Vento, em 2019. No início, sentia muito medo e ansiedade, estava começando minha vida profissional. Estou trabalhando no PROADI-SUS, relacionando teoria com a prática, junto com a equipe de trabalho. Não imaginava a complexidade desta estrutura organizacional, estou aprendendo com meu esforço e capacidade. Me sinto respeitado pelos meus colegas de trabalho porque todos sabem se comunicar em Libras e não me sinto sozinho, isto influencia muito no meu desempenho.
Com isso, eu percebo que o Hospital Moinhos de Vento está buscando integração social de todos os colaboradores surdos. A cada melhoria na acessibilidade, estimula que todos permaneçam na empresa, buscando cada vez mais resultados e crescimentos.”
Entrada 1: Bloco A e Bloco C – Rua Ramiro Barcelos, 910 – Moinhos de Vento, Porto Alegre – RS, 90560-032
Ver no mapaEntrada 2: Bloco B – Rua Tiradentes, 333 – Moinhos de Vento, Porto Alegre – RS, 90035-001
Ver no mapaAv. Padre Cacique, 2893 – Cristal, Porto Alegre – RS, 90810-240
Ver no mapaAv. João Wallig, 1800 – 3º andar – Passo d'Areia, Porto Alegre – RS, 91349-900
Ver no mapaAv. Getúlio Vargas, 4841 – Centro, Canoas – RS, 92010-010
Ver no mapaRua Ramiro Barcelos, 630 – 5º andar – Floresta, Porto Alegre – RS, 90035-001
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