O Laboratório de Genética e Biologia Molecular do Hospital Moinhos de Vento está estruturando um projeto de expansão que deve estar pronto até outubro de 2023. O início da implantação está previsto para o próximo ano. “Vamos ampliar o espaço físico em cerca de 60m2 e oferecer novos exames e serviços anexos, de consultoria e consultas”, adianta a Dra. Francine Hehn de Oliveira, coordenadora do Laboratório. Mas quais são as suas atribuições? De que forma a biologia molecular pode contribuir com a saúde e a qualidade de vida da população?  

A Dra. Francine de Oliveira explica que, hoje em dia, um Laboratório de Genética e Biologia Molecular tem uma atuação muito ampla, que vai desde a pesquisa das próprias doenças infecciosas, como a Covid-19; vírus respiratórios; bactérias e outros agentes que estão associados à diarreias, meningites e outras doenças. “Então, o processo de diagnóstico em doenças infecciosas é muito dependente dos exames de biologia molecular”, esclarece.

Apoio ao tratamento de pacientes com câncer

Conforme a coordenadora, o grande diferencial desta área está no apoio ao tratamento de pacientes com câncer. “A maioria dos testes que oferecemos é voltada para o diagnóstico e prognóstico da doença, além de contribuir para a definição da possível resposta que o indivíduo terá a determinados medicamentos. Assim, podemos avaliar se o paciente vai ou não se beneficiar de determinada medicação; de determinado quimioterápico”, elucida.

Medicina Fetal

“Além de contribuir com as pesquisas e diagnósticos de doenças infecciosas e cânceres, oferecemos exames de medicina fetal, em parceria com o Laboratório Igenomix (Grupo VitroLife) ainda antes da concepção (ligados ao serviço de Fertilidade do Hospital) ou durante a gestação”, observa a coordenadora.

Biologia molecular e qualidade de vida

Mas será que a biologia molecular pode influenciar na qualidade de vida do paciente? “Essa pergunta, hoje, tem uma resposta cada vez mais próxima do 100%. Nos pacientes oncológicos, por exemplo, pode fazer toda a diferença conhecer molecularmente o tumor. Com isso, é possível oferecer um tratamento especializado e com uma quantidade muito pequena de riscos”, garante. “Assim, atualmente, estamos personalizando o diagnóstico de acordo com o tipo específico do tumor daquele paciente e, há alguns anos atrás, todos eram tratados exatamente da mesma forma”, compara a médica.

Exames genéticos e a predisposição a doenças

Será possível adiantar, por meio de exames genéticos, a predisposição a doenças, como o próprio câncer? Segundo a coordenadora do Laboratório de Genética e Biologia Molecular do Hospital Moinhos, sim. “E este é um diferencial enorme, desde que seja bem conduzido e acompanhado por um geneticista experiente”, afirma.

“Podemos prever a grande maioria das doenças ligadas à genética, mesmo que o indivíduo não esteja com nenhuma doença atualmente, mas tenha um histórico familiar (como algum parente que teve um câncer de mama ou de intestino cedo). Com exames, ele poderá saber se tem essa mesma predisposição de desenvolver este tipo de câncer.”

“Entretanto, esta informação exige muito cuidado na hora de ser transmitida ao paciente, que deverá conhecer os riscos, saber como lidar com ela e como usá-la para prevenir determinado tipo de doença”, adverte a Dra. Francine Hehn de Oliveira. “Então, cada vez mais se pode prever se o indivíduo vai ter ou não determinado tipo de câncer ou enfermidade, notícia que considero de grande avanço, desde que usada com cuidado e sabedoria”, salienta.

Evolução da Genética

Neste cenário, qual será o limite da genética? “Essa é a pergunta que vale milhões”, brinca a coordenadora. “Até onde temos o direito de chegar e até onde temos o direito de intervir dessa forma na vida das pessoas? Acredito que essa é uma resposta que não pode ser generalizada. Não posso ter a mesma resposta para todo mundo e ela tem que ser extremamente individualizada”, pondera.

“Assim, precisamos ter um geneticista que faça o aconselhamento genético e saiba como conduzir essa informação ao paciente, dizendo a ele suas chances de desenvolver determinado risco de câncer. E só devemos falar sobre isso se tivermos formas de contribuir para a diminuição ou eliminação deste risco”, avalia.

Angelina Jolie

“Um caso clássico aconteceu há alguns anos atrás com a atriz Angelina Jolie. Ela tinha histórico de câncer de mama e ovário na família e fez exames que confirmaram que teria predisposição a ter estas mesmas doenças, por possuir a mesma mutação genética. Assim, ela optou em fazer a mastectomia bilateral preventiva para evitar este câncer.”

“É um tratamento agressivo? Pode ser considerado radical? Sim, até pode ser, todavia ela preferiu não correr o risco. Então, cada pessoa tem que saber o seu limite e decidir como vai lidar com esta situação. Também é importante ter um acompanhamento do geneticista e de um psicólogo. E, principalmente, que essa informação só seja dada, se tiver uma forma de amenizar ou diminuir essa chance de desenvolver a doença”, ressalta.

Neste sentido, o Hospital Moinhos de Vento oferece um aconselhamento genético mais acolhedor, com acompanhamento dos pacientes, a fim de contribuir e gerar menos angústia em todo esse processo. Caso tenha ficado com dúvidas ou queira saber mais sobre os serviços do Laboratório de Genética e Biologia Molecular Moinhos, marque uma consulta com a equipe pelos telefones: (51) 3537-8664 ou (51) 3537-8663. O Laboratório fica localizado no Bloco A, na Rua Ramiro Barcelos, 910, 5° andar, em Porto Alegre (RS).

Fonte: Dra. Francine Hehn de Oliveira (CRM 30715) é coordenadora do Laboratório de Genética e Biologia Molecular Moinhos.

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1