Segundo os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), estimam-se mais de 61 mil casos novos de câncer de próstata no Brasil em 2016.  Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente entre os homens em todas as regiões do país, com cerca de 95/100 mil na região Sul; 67/100 mil na Centro-Oeste; 62/100 mil na Sudeste; 52/100 mil na Nordeste e 29/100 mil na Norte. Embora possa haver diferenças de notificação entre as regiões brasileiras, dieta com predomínio de carne animal e gordura – típica de regiões mais frias, pode ser um dos fatores. Por essa razão é importante alertar para a importância da detecção precoce, que amplia as chances de cura em 90%. De acordo com o Dr. Eduardo Franco Carvalhal, chefe do serviço de Urologia do Hospital Moinhos de Vento, a detecção precoce do câncer de próstata permite identificar os indivíduos de risco mais alto e intermediário, que devem ser tratados com as alternativas disponíveis, e aqueles com doença de baixo risco, que podem ser inclusive acompanhados através de vigilância ativa. 

Tipos de câncer

Existem inúmeros tipos de cânceres, mas todos começam devido à multiplicação fora de controle das células.  O câncer de próstata é um tumor maligno originário das células glandulares do tecido prostático. Como todos os tumores originários de glândulas, ele também é classificado como adenocarcinoma. Alguns tumores de próstata crescem e se espalham rapidamente, mas a maioria tem um crescimento lento. Apesar disto, por sua alta prevalência, o câncer de próstata ainda é a segunda causa mais frequente de morte por câncer no homem.  
O câncer de próstata é raro antes dos 40 anos de idade e o risco sobe rapidamente após os 50 anos. Seis de cada dez pacientes com câncer de próstata têm mais de 65 anos de idade.

Fatores de risco

O câncer de próstata é raro antes dos 40 anos de idade e o risco sobe rapidamente após os 50 anos. Seis de cada dez pacientes com câncer de próstata têm mais de 65 anos de idade. Os afrodescendentes têm mais risco de desenvolver câncer de próstata do que aqueles de descendência europeia. As pessoas que têm ou tiveram parentes de primeiro ou segundo grau com câncer de próstata têm maior risco para a doença (2 a 3 vezes maior que na população em geral). Algumas famílias têm predisposição genética para câncer de mama e ovário em mulheres – os homens dessas famílias também têm uma incidência aumentada de câncer de próstata.  

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é realizado através de biópsia da próstata, quando a suspeita do câncer surge a partir de alterações do exame de toque retal ou do PSA (antígeno prostático específico), em exame de sangue. Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, em geral é indicativo de doença localmente avançada, com menor chance de cura. Na fase avançada, devido à ocorrência de metástases ou compressão da bexiga e ureteres, pode provocar dor ou fraturas ósseas, obstrução urinária ou mesmo insuficiência renal. Muitos casos de doença localizada podem ser tratados por cirurgia ou radioterapia com intenção curativa. Casos muito iniciais e de baixo risco, podem ser acompanhados através de vigilância ativa. A hormonioterapia se aplica a casos de doença recorrente após tratamento inicial ou diagnóstico em fases mais avançadas da doença. Por vezes, a associação de dois ou três desses métodos oferece melhor controle da doença. A identificação do câncer de próstata na fase inicial permite uma definição mais precisa de pacientes de baixo risco que possam ser acompanhados, através de vigilância ativa, ou risco intermediário ou alto, que necessitam tratamento (cirurgia ou radioterapia). Somente após uma análise de cada caso, individualmente, o médico especialista poderá fazer uma recomendação de tratamento. Por isso, a visita ao seu médico para discutir o teste do PSA e realizar o toque retal é importante. “Os homens devem ser incentivados a procurar seu médico e discutir os benefícios e riscos do rastreamento, chegando a uma decisão compartilhada sobre os exames de detecção precoce”, enfatiza Dr. Carvalhal.
Fonte: Dr. Eduardo Franco Carvalhal (CRM 21756) – Chefe do Serviço de Urologia do Hospital Moinhos de Vento

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Prêmios e Certificações

Entrada 1 - Rua Ramiro Barcelos, 910 - Moinhos de Vento, Porto Alegre - RS, 90035-000
Entrada 2 - Rua Tiradentes, 333
Av. João Wallig, 1800 - 3º andar - Shopping Iguatemi Porto Alegre
Avenida Cristóvão Colombo, 545 - Espaço Comercial P5-1