A Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) informa que a idade média do diagnóstico da doença é de 34 anos no país. Entretanto, esta descoberta poderia acontecer antes, se os pacientes não demorassem mais de quatro anos entre os primeiros sintomas e a confirmação de problemas neurológicos. Por este motivo, a Dra. Maria Cecília Aragón de Vecino, neurologista e membro do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento, adverte que o paciente com Esclerose Múltipla (EM) pode ter uma vida normal, especialmente, se tiver um diagnóstico correto e no tempo apropriado; não tardio. “Então, a pessoa precisa ter diagnóstico e tratamento o mais precoce possível. Desta forma, dá para tratá-la do jeito certo e ela vai ficar bem e viver normalmente.”
O que é a Esclerose Múltipla?
A Dra. Maria Cecília Aragón de Vecino descreve que a Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, o organismo da pessoa produz anticorpos contra o seu próprio Sistema Nervoso Central. E afeta, exclusivamente, esta região, provocando lesões cerebrais e medulares.
O que um paciente com Esclerose Múltipla precisa fazer para viver bem?
Conforme a Dra. Maria Cecília, todos têm que comer bem, dormir direito e fazer exercícios. “Não muda nada, continuam todas as questões que envolvem uma vida normal, saudável, para qualquer um. O que diferencia é que aqueles que têm EM precisam ter diagnóstico e tratamento rapidamente. Então, atualmente os pacientes têm uma vida absolutamente independente e normal: estudam, trabalham e têm filhos. Mas, claro, têm que fazer o tratamento certinho, ir ao médico e fazer os exames na hora determinada, tal qual faz quem tem uma doença crônica, como diabetes e hipertensão”, compara.
O que fazer em caso de suspeita de Esclerose Múltipla?
Segundo a coordenadora, sempre que houver suspeita de que alguma coisa está errada, do ponto de vista neurológico, é necessário procurar atendimento médico. “E isto não vale apenas para quem tem EM. Vale para quem tiver qualquer uma das patologias da neurologia. Quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, melhor será a resolução”, reitera.
De que forma o Hospital Moinhos de Vento pode contribuir com o paciente com Esclerose Múltipla?
A médica neurologista explica que o Hospital Moinhos de Vento pode contribuir para que os pacientes com EM tenham uma vida normal, desde o início. “O Moinhos oferece o Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes habilitado a fazer o diagnóstico e o tratamento correto. Além disto, conta com o serviço de ressonância com altas técnicas, inclusive as não convencionais, não realizadas habitualmente nas rotinas e nos serviços que não são dedicados à EM, com o apoio de profissionais altamente qualificados”, esclarece.
No Moinhos, ainda pode ser feita a aplicação dos medicamentos no Centro de Infusão. Há ainda um programa de transplante de medula óssea, que é mais uma opção para quem não respondeu a nenhum outro tratamento.
E, em paralelo, a neurologista destaca que o Instituto de Pesquisa do Hospital está extremamente comprometido com o estudo da Esclerose Múltipla, e possui um projeto em andamento. Por meio dele, os pacientes vão poder se beneficiar de drogas que ainda estão em estudo.
Quais são as formas de evolução da EM?
A Dra. Maria Cecília elucida que a doença tem três formas de evolução. A maior parte dos pacientes começa e se mantém em uma evolução clínica neurológica chamada de remitente-recorrente, em que o paciente tem sintomas novos, chamados de surto, e se recupera próximo a 100% (mais ou menos). Todavia, a pessoa passa por uma melhora e piora constante, chamada de remitente-recorrente ou surto-remissão. A maioria dos pacientes, ou boa parte deles, começa assim e segue desta forma.
Um grupo menor começa neste ritmo, do remitente-recorrente, mas, de repente, começa a ter uma piora lenta e progressiva, sem surtos ou eventos agudos de piora. Eles são chamados de secundariamente-progressivo, então, é o antigo remitente-recorrente que entra em uma segunda fase da doença. Já o terceiro grupo é o do primariamente progressivo, que, desde o início, vai piorando um pouco. Uma piora literalmente progressiva e, muitas vezes, sem surto.
O que mais é preciso saber sobre a Esclerose Múltipla?
- Não é uma doença mental;
- Não é contagiosa;
- Não é suscetível de prevenção;
- Não tem cura, mas tem tratamento eficaz que mantém os pacientes em vida ativa e normal.
A quem a Esclerose Múltipla atinge?
A esclerose múltipla, frequentemente, afeta:
- Mais mulheres do que homens;
- Na faixa etária de 20 a 40 anos de idade (podendo surgir depois e também antes, pois já foram encontrados casos pediátricos).
Quais são os principais sintomas da Esclerose Múltipla?
A neurologista chama a atenção para sintomas que podem ser considerados “estranhos”, como:
- dormência, que persiste por dias, em um dos membros;
- tontura (que, geralmente, é confundida com labirintite);
- alterações visuais ou de força.
“Caso o paciente perceba algum sintoma neurológico que surgiu e se manteve por mais de 24 horas é importante que procure por um atendimento médico. Não, necessariamente, isto significa que ele tenha Esclerose Múltipla. Existem várias outras possibilidades. Mas é necessário que isto sirva de alerta e que ele busque orientação profissional”, recomenda a Dra. Maria Cecília. Por sua vez, a ABEM ainda observa que podem surgir sintomas como: fadiga intensa, depressão, alteração do equilíbrio da coordenação motora, dores articulares, disfunção intestinal e da bexiga.
Para mais informações, agende uma consulta com os especialistas do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento. Telefone para contato: (51) 3314-3434.
Fonte: Dra. Maria Cecília Aragón de Vecino (CRM: 017114) é neurologista e membro do Núcleo de Esclerose Múltipla e Doenças Desmielinizantes do Hospital Moinhos de Vento.
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