Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), o pólipo colorretal é uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa do intestino grosso (cólon e reto). Alguns são baixos e planos, outros são altos e se assemelham a um cogumelo, podendo aparecer em qualquer parte do intestino grosso. Inicialmente, são pequenos e benignos (hiperplásicos, adenomatosos ou serrilhados), podendo crescer até virar câncer, o mais comum sendo o adenocarcinoma.

“Sabemos que a maior parte dos casos de câncer de intestino se originam em pólipos. Entretanto, a maioria dos pólipos não se tornará câncer, o risco de transformação depende de seu tamanho e de algumas características identificadas na colonoscopia ou com exame microscópico”, tranquiliza o chefe do Serviço de Gastroenterologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital Moinhos de Vento,  Fernando Wolff.

Diagnóstico precoce

Por este motivo é tão importante falar sobre os pólipos e fazer exames para o diagnóstico precoce, especialmente a colonoscopia. Caso sejam identificados no organismo, os pólipos precisam ser removidos para prevenir o desenvolvimento de um câncer no intestino. A chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Moinhos de Vento, Heloisa Mussnich, salienta que é preciso estar atento aos sinais e sintomas da doença e à faixa etária de prevenção. “Alguns pólipos se desenvolvem de dois a três anos. Principalmente, os planos, que são mais difíceis de detectar”, adianta. Por sorte, equipamentos de última geração, com tecnologia de Inteligência Artificial, estão fazendo toda a diferença neste processo.  

O câncer de intestino pode ser fatal?

O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. No entanto, atualmente, é o segundo tipo que mais mata no Brasil, depois do de mama (nas mulheres) e o de próstata (nos homens), de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer). Conforme o Atlas de Mortalidade por Câncer do INCA, mais de 20 mil pessoas devem ter falecido desta doença, em 2020 (sendo 9,8 mil homens e 10,3 mil mulheres). Para aquele mesmo ano, o Instituto previa o surgimento de mais de 40,9 mil novos casos da doença no País, com dados muito semelhantes entre os gêneros. Cerca de 20,5 mil entre o público masculino e 20,4 mil no feminino.

Mas, afinal, o que são os pólipos?

A Sociedade Brasileira de Coloproctologia explica que os pólipos intestinais surgem como resultado das alterações (mutações) dos cromossomas de algumas células da mucosa, fazendo com que modifiquem seu comportamento. Estas mutações podem surgir ao longo da vida, mas estudos comprovam que a idade de maior risco para o surgimento destas alterações (mutações) se inicia após os 50 anos. A SBCP observa que há um maior risco de mutações que podem ser transmitidas dentro da família (fator hereditário), o que explica a importância de se pesquisar o histórico familiar do paciente.  

Atenção para as dicas da especialista

Por sua vez, a Dra. Heloisa Mussnich alerta para que os exames sejam feitos ainda mais cedo, a partir dos 45 anos, em zonas de alta prevalência, como as Regiões Sul e Sudeste do Brasil. Já para quem tem histórico da doença na família, a médica passa uma informação ainda mais valiosa. "Se a pessoa tiver história familiar em parente relativamente jovem, deve fazer a prevenção 10 anos antes”, destaca.

Quais são os principais sintomas?

Os principais sintomas deste câncer são: sangramento nas fezes; massa (tumoração) abdominal; dor ou desconforto abdominal; perda de peso e anemia; mudança de hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados). Entretanto, caso você esteja com algum destes indícios, não precisa se desesperar. O próprio INCA revela que esses sinais também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico. Na maior parte das vezes, estes sintomas não são causados por câncer, mas é importante que eles sejam investigados por um médico, principalmente se não melhorarem em alguns dias.  

Colonoscopia preventiva

Por isso, a importância de fazer exames preventivos e ter um diagnóstico precoce. Recomendação reiterada pelo chefe do Serviço de Gastroenterologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital Moinhos. “Os pólipos ou as lesões precoces, na grande maioria das vezes, não provocam sintomas, ou seja, o exame de colonoscopia deve ser feito preventivamente, independentemente de sintomas, justamente, para detectar as lesões antes de se tornarem câncer”, preconiza o Dr. Fernando Wolff.

Onde fazer os exames?

Recentemente, o Hospital Moinhos de Vento adquiriu novos sistemas e aparelhos de endoscopia, como o Eluxeo, que conta com tecnologia de Inteligência Artificial, CAD EYE. Com investimento de R$ 10 milhões, os equipamentos foram adquiridos para proporcionar diagnósticos mais precisos e contribuírem para a detecção precoce de doenças, como o câncer de intestino.  

Hoje, a Unidade de Endoscopia do Hospital Moinhos de Vento conta com o que há de mais moderno no mercado, aos moldes dos principais centros de tratamento mundiais. E, para apresentar as inovações da Unidade e debater sobre o tema, o Hospital promoveu o Grand Round sobre “Endoscopia digestiva: inovação diagnóstica e desafios terapêuticos'', que pode ser acessado neste link.

“Neste evento, destacou-se a importância da associação entre  equipamentos de ponta e equipe médica qualificada e atualizada. Somente esta combinação é capaz de utilizar o melhor dos avanços da Medicina para a prevenção e tratamento do câncer”, resumiu o Dr. Wolff. “Lembrando, ainda, que os novos equipamentos são utilizados também para o tratamento e prevenção do câncer de esôfago e estômago, além de investigação e diagnóstico do câncer de pâncreas e vias biliares”, acrescentou.

Fontes: Dr. Fernando Wolff (CRM 24476), chefe do Serviço de Gastroenterologia e Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital Moinhos de Vento e a Dra. Heloisa Mussnich (CRM 19.692), chefe do Serviço de Coloproctologia do Hospital Moinhos de Vento.

 

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