Um estudo da Organização Mundial de Saúde indicou que uma entre sete pessoas sofre com problemas respiratórios em todo o mundo. As principais razões são epidemias de vírus, poluição e variações de temperatura.

Diante deste cenário, está a rinossinusite, mais popularmente conhecida como “sinusite”, que é uma inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face. Atualmente, o termo rinossinusite tem sido mais aceito, pois rinite e sinusite são doenças em continuidade. “A rinite existe isoladamente, mas a sinusite sem rinite é mais rara”, explica a médica do Serviço de Otorrinolaringologia e especialista em Rinologia do Hospital Moinhos de Vento, Isadora Ely.

Os tipos de inflamação

A rinossinusite aguda viral é sem dúvida o subtipo mais comum. Ocorre em conjunto com infecções virais de vias aéreas superiores, como gripes e resfriados. O tempo de evolução é em torno de sete a dez dias e acaba sendo mais frequente no outono e inverno (estações com maior circulação de vírus respiratórios). A história natural das rinossinusites agudas inicia com quadro de febre, dor, mal estar e muita secreção nasal. 

Se os sintomas persistem por mais de 10 dias, pode ser, ainda, ocasionados por um status pós-infecção viral. Sendo assim, mesmo que persistam os sinais típicos do resfriado, é preciso uma avaliação individualizada para se avaliar a hipótese de que a causa seja bacteriana. Apenas 0,5 a 2% das rinossinusites agudas são, de fato, de origem bacteriana e esse cuidado especial se justifica para evitar o uso indiscriminado de antibióticos.

Já a rinossinusite crônica possui vários fatores e a classificação varia entre os pacientes, sendo importante a individualização caso a caso. Entre os principais indícios estão: obstrução e secreção nasal, alterações do olfato, tosse e dor de cabeça. São comuns em qualquer estação do ano e demoram mais tempo para passar ou são mesmo sintomas persistentes que atrapalham muito a qualidade de vida de quem sofre com a doença. 

Detecção e tratamento 

A doença na sua forma aguda é facilmente detectável, pois é conhecida como gripe e resfriado comum. “Nestes casos, essencialmente a história clínica e o exame físico costumam ser suficientes para o diagnóstico”, informa a chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Moinhos de Vento, Raphaella Migliavacca.

“Já para situações especiais como infecções crônicas, recorrentes ou mesmo agudas que envolvam complicações, são necessários avaliação complementar e diagnóstico especializado, sendo alguns destes casos cirúrgicos”, alerta o otorrinolaringologista que lidera a área de Rinologia e Cirurgia de Base de Crânio do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Moinhos de Vento, Afonso Mariante. 

Normalmente, nos casos mais comuns, ou seja, rinossinusites virais agudas, o tratamento é para o alívio dos sintomas, pois visa reduzir a dor, descongestionar o nariz e diminuir a inflamação dos seios nasais. O uso da lavagem e irrigação nasal, com soro fisiológico, é sempre muito útil, além de analgésicos, ou anti-inflamatórios ou outras medicações sintomáticas pertinentes para cada caso. Quando há o diagnóstico específico de rinossinusite bacteriana, com seus critérios médicos estabelecidos, o uso de antibióticos se faz necessário.

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Fontes: Raphaella Migliavacca, Afonso Mariante e Isadora Ely, médicos do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Moinhos de Vento

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